29/12/18

O CDS da Assunção Cristas e os direitos de braguilha

 

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“Se o reaccionário não se desperta dentro do conservador, trata-se então apenas de um progressista paralisado

~ (Nicolás Gómez Dávila)


O CDS da Assunção Cristas e do Adolfo Mesquita Nunes (e do João Távora) é o CDS dos “progressistas paralisados” — dos progressistas “direitinhos” campeões dos direitos de braguilha e do politicamente correcto → pois eu prefiro uma bala marxista a uma palmadinha nas costas de um “direitinha” desses (do CDS da Assunção Cristas e do Adolfo Mesquita Nunes).

A actual situação política em Portugal induz-me ao voto no PNR (Partido Nacional Renovador) — não porque eu o queira expressamente (o PNR é um partido estatista), mas porque não tenho outra hipótese credível.

O espaço político reduziu-se (encolheu) de tal forma que todos os partidos políticos representados no paralamento são de Esquerda — o CDS de Assunção Cristas e do Adolfo Mesquita Nunes fecha a Esquerda à direita.

04/12/18

02/12/18

Bloqueado e censurado pelo FaceBook (outra vez)

 

Desta vez, o FaceBook foi buscar publicações minhas de há dois e três anos para justificar o bloqueio e a censura.

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A censura e bloqueio do FaceBook actuais a muitas contas na Europa têm a ver com a campanha política contra o Pacto de Imigração da ONU que se assina em Marraquexe em Dezembro (daí a censura por 30 dias).

Provavelmente, logo que tenha acesso a fotografias e imagens que tenho na minha conta do FaceBook, irei fechá-la.

Lembrem-se de que é o FaceBook e o Zuckerberg que precisa de nós: nós não precisamos do Zuckerberg.

Entretanto, vou estar mais activo no

(principalmente nestes dois),

17/07/18

João Semedo não faz falta ao país

 

Poderá fazer falta aos amigos dele; mas não faz falta nem à política nem ao país.

Um indivíduo que, na política, defendeu a legalização e liberalização do aborto, e a legalização da eutanásia, não faz cá falta nenhuma.

Foi-se em boa hora, embora pudesse ter ido mais cedo; e mais: para quem defendeu o aborto, talvez tivesse sido bom para toda a sociedade que a mãe dele o tivesse abortado.

Que a terra lhe pese como chumbo!

04/07/18

Hoje, quem se preocupa com o futuro da sua família e do seu país, é “fassista”

 

papa-açorda-africanos-todos-webVemos uma criatura que se diz da Não-esquerda e militante do CDS, Ribeiro e Castro, dizer que o ministro italiano Matteo Salvini é “perigoso” porque se opõe à imigração ilegal em massa. Mas não se trata de uma opinião isolada: vemos por essa Europa fora, gente que se diz da Não-esquerda (a começar por Angela Merkel e Macron, e o próprio papa-açorda) que defende a ideia da liberalização da imigração ilegal em massa.

Parece que quem se preocupa com o futuro da sua família e do seu país, quem pretende preservar (dentro do possível) a cultura antropológica da sociedade em que vive, quem defende os valores que caracterizam o Ocidente — é “fassista”!. E é a própria Não-esquerda que imita a Esquerda mais radical, nesta como noutras áreas. Praticamente já não distinguimos o discurso do Ribeiro e Castro (CDS) do da Catarina Martins (Bloco de Esquerda).

¿O que é que se está a passar?!

Vemos aqui um exemplo do que se está a passar: uma tal Paula Ferreira (aposto que ela não tem filhos) escreve o seguinte no Jornal de Notícias:

“A recusa em prestar apoio humanitário a homens, mulheres e crianças, fugidos da guerra, fugidos da fome, à procura de uma vida digna, devia fazer corar de vergonha as velhas e novas democracias europeias.

Além disso, a recusa de acolhimento contradiz a necessidade de rejuvenescimento de uma Europa envelhecida, sem vontade de contribuir para o aumento da natalidade”.

refugiados-no-presente-webTemos aqui (na citação) condensada a demagogia da “ruling class” actual. São estas as “elites” que pretendem destruir o povo que dizem representar.

Reparem como a dita Paula passa rápida- e sub-repticiamente do “apoio humanitário”, por um lado, ao critério da emigração que “procura uma vida digna” (imigração económica), por outro lado. O critério da “procura da vida digna”, que a criatura defende como critério de entrada na Europa de Schengen, (em tese) legitima a entrada dos actuais 1,2 mil milhões de africanos na Europa — porque a maioria deles poderia encontrar na Europa “uma vida mais digna” (seja o que for o que signifique “uma vida digna”).

Mas o problema não fica por aqui.

A imigração em massa é apresentada, por essa gentalha, como uma solução para o problema da baixa natalidade na Europa — sendo que essa baixa natalidade é produto de décadas de doutrinamento ideológico da ruling class contra a vida humana através de putativos “direitos reprodutivos”, ou seja, “direitos de braguilha”. Andaram décadas a desincentivar a natalidade, e agora preocupam-se com a natalidade dizendo que a imigração em massa vai resolver o problema que eles próprios criaram.

Os factos estão aí, à vista, para quem os quer ver: por exemplo, na Austrália, mais de 50% dos imigrantes muçulmanos em idade activa não querem trabalhar; na Alemanha da Angela Merkel, cerca de 90% dos ditos "refugiados" não trabalham. Ficamos todos sem saber como é que a imigração ilegal e em massa resolverá o problema das reformas dos futuros europeus.

Ademais, a ruling class europeia defende e legitima o tráfico de carne humana e a escravatura que já se provou que existe hoje na Líbia.

Uma “elite” europeia de filhos-de-puta arroga-se no direito de chamar “fassista” ao ministro italiano Matteo Salvini, e simultaneamente comportam-se como ideólogos negreiros que causariam inveja a John Locke.

E vão mais longe!: consideram uma grande parte dos povos da Europa, que não aceitam a imigração ilegal e em massa, como sendo de “extrema-direita”! (“o povo não presta e tem que ser substituído!”).

Finalmente, temos a querela política acerca do Estado-Nação. Tanto o Ribeiro e Castro como a Catarina Martins (para não falar no PSD de Rui Rio, no Partido Socialista e na maçonaria) encarniçam-se contra as fronteiras que delimitam o Estado-Nação. Parece que é um dado adquirido que as fronteiras foram todas abolidas, e em todo o mundo. Ribeiro e Castro parece que sofreu uma lobotomia que lhe tolhe o juízo e o raciocínio, colocando-o ao nível intelectual da Catarina Martins.

Quando a democracia assusta os filhos-de-puta que compõem a ruling class , então dizem que é “populismo”.

Vemos nas fotos em baixo o esquema do tráfico negreiro para a Europa, e na segunda foto, a alemã radical Pia Kempel, a capitã do navio “Iuventa”, um dos que organiza o tráfico negreiro a partir do norte de África.

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10/04/18

O 'liberalismo' português que estrangula a liberdade

 

Uma gaja que dá pelo nome de Diana Soller escreveu um artigo no sítio da Não-esquerda que é Observador. O título do artigo é o seguinte: Hungria: o Inverno do nosso descontentamento”. Resumindo o artigo, a gaja defende a ideia segundo a qual “não existe democracia na Hungria porque o povo húngaro não votou de acordo com as ideias dela”.

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Quando a democracia não agrada aos estúpidos, deixa de ser democracia. Caímos já no grau zero da inteligência.

Esta gentalha é a grande responsável pela crise que atravessa a liberdade de expressão em todo o mundo ocidental. Estes “democratas” de meia-tigela inventam os males que denunciam para justificar o putativo bem que proclamam. Razão teria talvez o Nicolás Gómez Dávila quando dizia que “a democracia liberal é o regime em que a democracia corrói a liberdade antes de estrangulá-la”.

¿O que é que a gaja pretende dizer com “regime liberal”?

Diz a gaja que o PM húngaro, Viktor Órban, conseguiu uma maioria (através do voto do povo, obviamente), o que lhe permitiu (nas palavras da gaja) “alterar a Constituição para um modelo muito pouco liberal e acentuadamente nacionalista”.

Em primeiro lugar, teríamos que saber qual é a gradação do modelo liberal que permite a categorização de “mais” ou “menos liberal”. Depois teríamos que saber se “ser nacionalista” é antitético do “modelo liberal”. A julgar pelas palavras da gaja, parece que  “liberalismo” é incompatível com “patriotismo”.

As acusações implícitas da gaja, segundos as quais “o Poder Judicial e a Comunicação Social são menos independentes na Hungria do que o são em Portugal”, são vergonhosamente falsas. Falsas!

A verdade é que, segundo a opinião das gajas da democracia portuguesa dita “liberal”, a Comunicação Social tem que estar a soldo dos Bilderbergers, dos Balsemões, Soros e dos globalistas e outros figurões, e os tribunais portugueses respondem sub-repticiamente perante o poder político, como é fácil de verificar.

Criticar os alegados males dos outros, quando temos um sistema político pútrido, não lembra ao careca; mas como as gajas não são carecas, lembra-lhes tudo e mais alguma coisa...!


Num país, como é o caso da Hungria, em que existe um imposto único (IRS) de 15% (o mesmo imposto para toda a gente, e por isso é que é “único”), e vem aquela gaja dizer que  a Hungria é um país “menos liberal” do que Portugal onde a carga média de impostos já roça os 40% do PIB!

Quando o governo húngaro baixa os impostos, a gaja “liberal” considera que esse governo não é “liberal” e é “nacionalista e populista”.

Desde que as gajas se meteram a comentar a política que a inteligência desertou!

Para a gajada nacional, ser “liberal” é ter uma dívida pública de cerca de 130% do PIB e uma dívida nacional obscena — como acontece em Portugal; ser liberal é prestar vassalagem à plutocracia globalista internacionalista que substituiu o Trotskismo.

E como a Hungria tem um dívida pública de 73% do PIB, a gajada dita “liberal” acha que a Hungria é uma democracia “menos liberal” porque não deve muito dinheiro aos plutocratas globalistas.

Estranho “liberalismo” esse, o português, em que ser “liberal” é sinónimo de “ter que pagar muitos impostos” e “ter uma dívida nacional astronómica”.

É o “liberalismo” do putedo nacional que faz do Estado o seu marido.

09/04/18

As propostas-de-lei da eutanásia: qualquer nazi ou comunista empedernido nega que os fundamentos do Direito sejam outros senão os da sua própria vontade

 

Os totalitarismos modernos só foram possíveis com a absolutização do Direito Positivo. E a Esquerda sabe bem disso. E quando digo “Esquerda”, incluo nela o Partido Social Democrata do Rui Rio.

Entende-se por absolutização do Direito Positivo o desaparecimento dos fundamentos metajurídicos do Direito, ou seja, a obliteração do Direito Natural e o descrédito — na cultura antropológica — da axiomatização jusnaturalista.

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Os “fundamentos metajurídicos” são os princípios substanciais do Direito — por exemplo: a Razão, a Natureza, etc. —, que delimitam a vontade humana em um contexto da sua própria existência e da Realidade.

Em contraponto (aos fundamentos metajurídicos do Direito), a absolutização do Direito Positivo baseia-se na negação de todos os fundamentos metajurídicos em favor de um Direito que não tem outro fundamento senão a vontade humana, ou melhor dizendo, a vontade das elites de cada época que passa.

Por exemplo, quando a Isabel Moreira diz que “o Direito tem que ser antinatural” (a negação do jusnaturalismo e dos seus fundamentos metajurídicos, e a absolutização do Direito Positivo), o que ela faz não é outra coisa senão seguir as peugadas das “ideologias totalitárias” (passo a redundância) do século XX — do nazismo e/ou do comunismo.
Qualquer nazi ou comunista que se preze nega que os fundamentos do Direito sejam outros senão os da sua própria vontade.


As propostas-de-lei da eutanásia do Partido Socialista da Isabel Moreira, por um lado, e do Bloco de Esquerda, por outro lado, diferem apenas no seu aspecto formal e no processo de promulgação.

Na sua substância, ambos os projectos-de-lei baseiam-se no pressuposto de que não existe tal coisa como “fundamentos metajurídicos do Direito”, e que apenas e só a vontade arbitrária e discricionária das elites políticas (ou seja, da "Vontade Geral") deve ditar o Direito.

Ou seja, vivemos em plena ditadura (já com alguns “ameaços” totalitários), e a maioria do povo ainda não se deu conta disso — porque é uma pequeníssima minoria que impõe coercivamente (e de forma arbitrária e discricionária) à maioria da população uma mundividência que recusa a racionalidade substancial das leis e do Direito.

E essa minoria, por sua vez, é controlada por alguns poucos milhares de homens filiados na maçonaria; é neste contexto que Rui Rio foi autorizado (pela maçonaria que controla o seu partido político) a liderar temporariamente o Partido Social Democrata — porque é necessário que este partido não “faça ondas” em relação à legalização antidemocrática da eutanásia.


A perversidade da actual “elite” política é a de que impõe a sua vontade (arbitrária e discricionária) ao povo em nome da “dignidade humana” — assim como os nazis defenderam, por exemplo, a exterminação em massa dos judeus em nome da “dignidade do povo alemão”.

Os positivistas do Direito invocam sempre (no passado, como agora) a “dignidade humana” quando pretendem fazer esquecer os fundamentos metajurídicos do Direito, ou seja, quando pretendem erradicar o Direito Natural e reduzir o Direito à vontade exclusivista das luminárias do regime político vigente.

É neste contexto que a proposta-de-lei da Isabel Moreira (Partido Socialista) é mais coerente em relação ao formalismo do Direito Positivo (totalmente desnaturado de substância metajurídica), do que a proposta-de-lei do Bloco de Esquerda que, alegadamente, é “mais garantista”:

“Um dos pontos que suscitaram dúvidas na bancada do PS tem a ver com o procedimento para que seja autorizada a eutanásia. No texto redigido pelas duas deputadas, basta que dois médicos - o clínico que acompanha o doente e um especialista na doença de que padece - atestem que se trata de uma doença letal e incurável, concordando com a eutanásia, para que o paciente possa requerer este procedimento.

Ora, esse é um procedimento muito mais simplificado do que o que está previsto na proposta do Bloco de Esquerda. O texto bloquista prevê que sejam necessárias cinco autorizações para que o processo tenha luz verde”.

Aquilo que os me®dia chamam de “mais garantista” significa apenas “mais burocrático”.

O Bloco de Esquerda quer fazer passar a ideia segundo a qual “a legalidade é o fundamento da legitimidade”, através da expansão da burocracia que faz progredir a dominação legal sobre a população: com a filosofia política do Bloco de Esquerda (mas também com a do Partido Socialista), a racionalização do Direito e a racionalização das formas de dominação política aumentam através da separação do Direito e da ética; separação da forma jurídica e dos seus fundamentos, por um lado, e os seus fins substanciais, por outro lado.

Porém, a absolutização de um postulado ético substancial — por exemplo, a absolutização do postulado ético segundo o qual “a vida humana é inviolável, mesmo pelo próprio que a vive” — é inconciliável com o puro formalismo da ordem jurídica positivista (ver Max Weber), e, por isso, a racionalidade processual (formal) do Direito, por um lado, e por outro lado a racionalidade substancial do Direito, são dois pólos que se opõem e que são irreconciliáveis.

Ou seja: o “garantismo” da proposta-de-lei do Bloco de Esquerda é apenas formal, porque, em termos práticos, a proposta-de-lei nega a absolutização de um determinado postulado ético (metajurídico).

A probabilidade de que esse postulado ético seja colocado em causa na prática do nosso dia-a-dia aumenta exponencialmente, mesmo com todos esses “garantismos” formais. Por isso é que as propostas-de-lei da Esquerda colocam de facto em causa a dignidade humana (ao contrário do que a Esquerda defende!), quando criam propositadamente a ilusão na opinião pública de que o ser humano pode criar leis perfeitas em matéria de vida ou de morte.

05/04/18

Progresso

 

“O optimismo inteligente nunca é fé no progresso, mas esperança num milagre.”Nicolás Gómez Dávila 


“Progresso” pode ser sinónimo de “desenvolvimento”; por exemplo, o desenvolvimento de uma doença: neste caso, “progresso” é sinónimo de “transformação de estados” ou “mudança de estados”.

Porém, a noção comummente aceite de “progresso” é a de um movimento de um estado alegadamente “inferior” para um outro estado entendido como “superior”. Obviamente que a aceitação desta noção é eminentemente cultural, porque basta uma geração de bárbaros para deitar qualquer “progresso” (social ou mesmo científico) pela pia abaixo.

Por exemplo, eu não considero que a legalização e a banalização cultural do aborto ou/e da eutanásia seja um sinal de “progresso”; em vez disso, penso que se trata de mais um contributo para o triunfo da barbárie na nossa sociedade. Uma geração de bárbaros (ou desequilibrados mentais) tomou conta da nossa política.

A única área da actividade humana em que podemos falar — sem quaisquer reservas — de “progresso” objectivo, é na ciência; em todas as outras áreas da actividade humana, o conceito de “progresso” deve ser abordado com muitas reservas. Mas mesmo na ciência, o progresso é estabelecido em função de determinados pontos de referência assinalados epistemologicamente a posteriori.

A ideia romântica e/ou positivista (Hegel, Comte) segundo a qual “o progresso é uma lei da Natureza”, é um completo absurdo, como nos parece evidente.

Há quem defenda a ideia segundo a qual, “atrelados ao progresso da ciência, vieram os progressos sociais”: por exemplo, baixou a mortalidade infantil, aumentou a esperança de vida, baixou a mortalidade por doenças infecciosas, aumentou a disponibilidade de alimentos, etc.


“A estatística é a ferramenta de quem renuncia a compreender para poder manipular.”Nicolás Gómez Dávila 


Para um inveterado e fanático militante do partido nazi alemão, o Holocausto foi uma manifestação de “progresso”; para um utilitarista exacerbado actual (por exemplo, um militante do Bloco de Esquerda ou o Rui Rio), o aborto em massa e a eutanásia “à la carte” são formas de “progresso”.

Por outro lado, há hoje quem questione se a introdução do Cristianismo na cultura antropológica europeia tenha sido um progresso; muita gente pensa hoje que o Cristianismo foi uma forma de retrocesso civilizacional que deu origem a uma “Idade das Trevas” que, alegadamente, foi a Idade Média.

Portanto, há que ter muito cuidado quando falamos de “progresso” para além da epistemologia.

Por exemplo, há quem diga que o trabalho de operário fabril é menos exigente, do ponto de vista físico, do que o trabalho sol-a-sol do camponês medieval; mas esta avaliação é subjectiva; conheci pessoalmente camponeses que não trocavam a sua vida laboral no campo por um trabalho dentro de uma fábrica.

Porém, ao contrário do que acontecia na famigerada Idade Média, hoje — por exemplo — temos a pornografia infantil que decorre da tolerância elitista em relação à pedofilia, a bestialidade sexual consentida pela cultura das elites, vídeos públicos com decapitações do Estado Islâmico, o aborto em massa e a eutanásia entendidos absurdamente como “actos médicos”: o juramento de Hipócrates tornou-se obsoleto em uma cultura que transformou a “economia de mercado” em uma “sociedade de mercado”. E a longevidade, trazida pela ciência não é, em si mesma, um bem absoluto; de pouco vale um eunuco espiritual com 150 anos de idade.

A ideia de História Linear (a linearidade do tempo) surgiu com o Judaísmo da Era após o Êxodo para a Babilónia (com o surgimento dos profetas judeus que alegadamente conheciam o futuro radioso de “uma terra de riquezas e de abundância material, o paraíso na terra de Israel”); e, a partir do Judaísmo, o conceito de História Linear passou ao Cristianismo; e a ideia de “progresso” decorre logicamente do conceito de linearidade do tempo e da História — o que não acontece em muitas outras culturas, onde o tempo é cíclico. Aliás, misticismo cristão (como podemos ver por exemplo em Santo Agostinho) tem uma concepção cíclica do tempo e da História.

31/03/18

Há no carácter de Anselmo Borges muito de culturalmente aviltante, de nojento, de degradante

 

O Anselmo Borges destila ódio contra a Igreja Católica, todas as semanas nos me®dia. Trata-se de um ressentimento difícil de explicar racionalmente.

“As piruetas do teólogo moderno não lhe granjearam nem mais uma conversão e nem menos uma apostasia”.
→ Nicolás Gómez Dávila


Esta semana, ele começa por dizer que “Jesus nunca falou em pecado original” (um argumento semelhante, invocado comummente pelos mentecaptos do calibre dele, é o de que “Jesus nunca criticou os gays, os punks, os ganzados, a cocaína, os Queers e os transgéneros, etc.”).

Há um fenómeno cultural normal que é a assunção epistemológica do passado, que a filosofia medieval chamou de modus ponens. Ou seja, no tempo e espaço de Jesus, toda a gente assumia como válida a doutrina do pecado original do Génesis — não era necessário sequer falar dela: era assumida pela própria cultura antropológica!. Não lembra ao careca (mas lembra ao burrinho Anselmo Borges) dizer que, na Palestina de Jesus, as pessoas não sabiam o que era o Génesis. Além disso, em João 9, 1-12, fala-se do pecado herdado.

« “Cristã” não é a sociedade onde ninguém peca, mas antes é a sociedade onde muitos se arrependem ». → idem

Na semana em que o papa Chico vem dizer que não existe inferno e que as almas pecadoras “desaparecem” (contrariando o catecismo da Igreja Católica), o Anselmo Borges vem dizer que a doutrina da Igreja Católica revela um “Deus sádico”.

Ou seja: o Chico nega o inferno, e o Anselmo, para não lhe ficar atrás, nega o pecado original.

Diz o Anselmo Borges que “Jesus amou a todos, por palavras e obras”; o que Anselmo Borges quer dizer, certamente, é que “Jesus fez umas valentes orgias gay porque ele amava a todos”; além disso, segundo Anselmo Borges, Jesus amava as putas abortadeiras porque “elas estavam sempre a amar”; para o Anselmo Borges, o “amor” justifica tudo.

Aliás, é assim que o Anselmo Borges certamente interpreta a passagem de Marcos 14, 46-52, que relata a estória do jovem que fugiu todo nu, apenas coberto por um lençol, quando Jesus se encontrava no horto de Gethsemani: a julgar pela mundividência do Anselmo Borges cerca das Escrituras e da Igreja Católica, o Anselmo Borges interpreta, com certeza, a presença do jovem nu como alguém que consolava Jesus antes da chegada dos soldados.

“A teologia, em mãos torpes, torna-se na arte de ridicularizar o mistério” → ibidem

papa-chico-comuna-webHá no carácter de Anselmo Borges muito de culturalmente aviltante, de nojento, de degradante.

A politização da doutrina da Igreja Católica, conduzida sistematicamente pelo Anselmo Borges, é o mais aviltante que podemos conceber. Jesus dizia que o Seu Reino não era deste mundo; o Anselmo Borges — na sequela do Chico — pretende transformar Jesus em uma bitola política mundana e imanente.

Toda a narrativa falsa do Anselmo Borges acerca de Jesus Cristo assenta na falácia de Parménides. E essa falsidade histórica do Anselmo Borges é causa do maior asco possível. Anselmo Borges é asqueroso, porque engana propositadamente os incautos. Ele é aquilo que o povo diz ser um filho-de-puta.

O Anselmo Borges transforma Jesus Cristo em uma espécie de Che Guevara, e di-lo com grande orgulho — como o Chico disse esta semana que tem “orgulho em ser revolucionário”.

“O diabo elege, a cada século, um demónio diferente para tentar a Igreja Católica. O actual é singularmente subtil. A angústia da Igreja perante a miséria das multidões obscurece a sua consciência de Deus. A Igreja cai na mais astuciosa das tentações: a tentação da caridade”.
→ Ibidem

Se os géneros são iguais, ¿para que serve “mudar de género”?!

 

O politicamente correcto, na voz da deputeda socialista Isabel Moreira, defende simultaneamente a ideia segundo a qual “os géneros ao iguais”, por um lado, e por outro lado a ideia de que “a mudança de género” não se deve a doença.

Ora, se “os géneros só iguais”, ¿por que razão há quem pretenda “mudar de género”?!como se fosse possível mudar de sexo!: mesmo que retirem o útero a uma mulher, ela não deixa de ser mulher!

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A Isabel Moreira é uma personagem sinistra — tenebrosa, mesmo! — que tem ensombrado ultimamente a política portuguesa através de uma tomada radical de poder sobre o Partido Socialista.

A diferença entre a Isabel Moreira e a Fernanda Câncio é a de que a primeira é considerada pelos me®dia como sendo “constitucionalista”, o que lhe concede uma aura de autoridade de direitoo rei vai nu!. De resto, as duas galdérias são semelhantes.

A ideia peregrina — da galdéria Isabel Moreira — segundo a qual “a mudança de sexo não se deve a disforia de género e que “não é uma doença”, é desmentida pela APA (Associação Americana de Psiquiatria) através do DSM-5.

A posição anticientífica da Isabel Moreira, e da Esquerda em geral, tem que ser denunciada publicamente. O silêncio, nestas matérias, é criminoso.

25/03/18

O Positivismo não tem que ser necessariamente materialista

 

O Ludwig Krippahl fala aqui em uma tal Leonor Nazaré, que denuncia o «paradigma científico […] do materialismo positivista».

Ora, o positivismo não tem que ser necessariamente materialista, como podemos verificar com a filosofia imaterialista (de negação dos corpos materiais) do Bispo irlandês George Berkeley (deu o nome à actual universidade californiana); ou ao positivismo do austríaco Ernst Mach que foi um formidável adversário da teoria atómica — sendo que “materialismo” é o credo que concebe a matéria 1/ como não sendo, em princípio, explicável; 2/ contesta a realidade dos campos das forças materiais e 3/ nega a realidade do espírito ou da consciência e a realidade de tudo o que não é material.

O positivismo (o romantismo na ciência), entendido como “ciência enquanto saber certo”, conduz 1/ ao imaterialismo de Berkeley, Hume ou Mach; por um lado; e, por outro lado, conduz ao 2/ materialismo behaviourista (Watson, Skinner) tão em voga, hoje, pelo politicamente correcto nas chamadas “ciências sociais” e dos militantes LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros].

O primeiro nega a realidade da matéria — já que a única base segura e certa do nosso conhecimento consiste nas experiências subjectivas (das nossas próprias percepções), e estas são sempre imateriais. E o materialismo behaviourista nega a existência do espírito (e, desta forma, nega a liberdade humana), já que tudo o que se poderia observar seria o comportamento humano exterior que corresponde, sob todos os aspectos, ao comportamento animal (mesmo no que respeita ao “comportamento linguístico”).

O problema das chamadas “medicinas alternativas”, ou “tradicionais”, é a verificação.

Todos sabemos que, na ciência “clássica” (por assim dizer), a verificação (por indução e inferência) não é totalmente satisfatória; mas é fiável — o que não acontece com as “medicinas tradicionais”. Portanto, a minha desconfiança em relação às “medicinas tradicionais” é racional (o que não significa necessariamente uma total confiança na ciência dita “clássica”).


“A ciência engana-nos de três maneiras: 1/ transformando as suas proposições em normas; 2/ divulgando os seus resultados mas escamoteando os seus métodos; 3/ calando as suas limitações epistemológicas. Toda a ciência se nutre das convicções que estrangula”.
Nicolás Gómez Dávila

10/03/18

07/03/18

O preconceito do senhor Silva

“O tonto chama de 'preconceitos' às conclusões que não entende.”Nicolás Gómez Dávila


Eu tenho seguido o blogue do senhor António Figueiredo e Silva, sem grandes discordâncias, e até ao último artigo com o título “O Preconceito”.

chesteron-mente-aberta-png-webEle (o senhor Silva) começa por ter razão quando diz que “Aquele que disser que não tem preconceitos, mente”; mas, a seguir, desanca nos “preconceituosos”.

Convém que se diga que o preconceito pode ser negativo ou positivo — é esta diferenciação que fez falta no texto do senhor Silva.

O preconceito positivo é aquele que está aberto à discussão; e o preconceito negativo, é aqueloutro que se fecha em tabu ou em dogma, recusando assim a discussão dos seus preceitos.

Neste sentido, todas as opiniões de todas as pessoas são, a priori, preconceituosas; a diferença é que algumas pessoas estão abertas à discussão (acerca dos seus preconceitos) e outras fecham-se nos seus dogmas (ideológicos).

Ora, eu não tenho a certeza se o preconceito do senhor Silva — exarado no seu (dele) textículo — é negativo ou positivo.

Por exemplo, a discriminação (em relação a um determinado indivíduo e/ou grupo), entendida em si mesma, não é necessária- e negativamente preconceituosa, porque “discriminar” pode ser “escolher racionalmente”. Por outro lado, o relativismo valorativo da “inclusão” a qualquer preço pode ser transformado em dogma e constituir-se em uma forma de preconceito negativo.

Na sequência da moda instituída pelo papa Chicuzinho, hoje ninguém se atreve a fazer juízos-de-valor; e o senhor Silva sublinha esse facto:

“É do juízo pré-concebido (mal procriado) que vêm todas, mas todas as manias separatistas, ou melhor, discriminatórias, que impunemente vagueiam na comunidade global, empeçonhando-a de tudo o que de pior existe. Ele impede que um ser seja julgado em função da sua capacidade intelectiva, porque no pré-julgamento, a firmeza não reside na crítica, uma vez que esta tem que ter por base o conhecimento, mas o errado juízo de valor nada mais faz do que escarafunchar vítimas, ao agigantar-lhes as “incorrecções”, físicas ou morais, as tendências ou pulsões, as crenças, a sua genética etc., castrando-lhes em grande parte a sua ascensão ao universo da igualdade a que as mesmas indubitavelmente deviam e devem ter direito”.

Existe (implicitamente) no trecho supracitado a ideia segundo a qual o juízo de valor (ou melhor: o juízo-de-valor) é uma mera apreciação subjectiva e relativa.

No entanto, a oposição entre juízos-de-facto e juízos-de-valor pode ser mais aparente do que real — sendo que o juízo-de-facto é aquele que descreve a realidade sendo, por isso, considerado objectivo, verificável e susceptível de ser considerado verdadeiro ou falso.

O uso do juízo-de-valor enuncia o que “deve ser”, e o que “não deve ser”. Embora não possa existir uma ciência normativa constituída por juízos-de-valor, mas apenas uma ciência crítica, podemos contudo tomar como base de discussão a afirmação: “Os juízos-de-valor são meros juízos-de-facto que enunciam, embora de forma “sinuosa”, o pensamento (que é efectivamente um facto) ‘valorizador’ daquele que fala.”

Ou seja, o juízo-de-valor pode ser um preconceito positivo, que é aquele que está aberto à discussão; e o igualitarismo do senhor Silva pode transformar-se em dogma, em preconceito negativo que se fecha em si mesmo, inibindo o criticismo que imbui o espírito científico.

A mundividência do senhor Silva é acrítica, ou seja, é romântica.

Eu tenho simultaneamente um preconceito positivo e negativo em relação aos românticos. O senhor Silva nivela por baixo em nome da “vida na paz dos deuses”. É, em súmula, a visão do “bom selvagem” de Rousseau.

Em 1754, Rousseau escreveu um livro com o título “Discurso Sobre a Desigualdade” em que afirmou que “o “homem é naturalmente bom e só as instituições [da sociedade civilizada] o tornam mau”.

Rousseau enviou uma cópia do livro a Voltaire que depois de o ler, escreveu-lhe em 1755 uma carta que dizia o seguinte:

“Recebi o seu novo livro contra a raça humana, e agradeço. Nunca se utilizou tal habilidade no intuito de tornar-nos estúpidos. Lendo este livro, deseja-se andar de gatas; mas eu perdi o hábito há mais de sessenta anos, e sinto-me incapaz de readquiri-lo. Nem posso ir ter com os selvagens do Canadá porque as doenças a que estou condenado tornam-me necessário um médico europeu, e por causa da guerra actual naquelas regiões; e porque o exemplo das nossas acções fez os selvagens tão maus como nós.”

04/03/18

O feminismo é ideologia radical, e produz naturalmente anti-corpos na sociedade

 

O feminismo começou com as mulheres sufragistas — que não tinham em conta que, naquela época, nem todos os homens podiam votar (portanto, não se tratava apenas de uma “discriminação contra as mulheres”).

Depois surgiu o feminismo de segunda vaga, tipo “betty friedan” que foi o feminismo da pornografia, do aborto, das tetas à mostra, e das lésbicas.

Hoje temos um feminismo de terceira vaga, mais destrutivo do tecido social e conotado com o marxismo cultural que pretende destruir a cultura antropológica sem deixar impressões digitais.

Por muito que as actuais feministas tentem dourar a pílula, o feminismo actual é anti-social (sociopatia).

Vemos, por exemplo, na Suécia (que é um país em que existe um partido político feminista que está no governo) em que um imigrante islâmico viola uma menina de 13 anos e apanha 2 meses de prisão; e uma mulher apanha 2 anos de prisão por uma piada “ofensiva” contra os muçulmanos.

O feminismo actual já não é “feminista” — no sentido em que o foco da política dita “feminista” já não é a condição feminina entendida em si mesma, mas antes é o da mulher inserida em um regime político neo-marxista e para-totalitário.

Este “feminismo” marxista cultural cria anti-corpos naturais em qualquer sociedade onde ainda subsista um resquício de espírito crítico.


Sweden has just announced that it will introduce a U.N. resolution on Iran’s human rights record—at the same time as its leaders are being ridiculed worldwide for selling out Iranian women’s rights in their visit this week to Tehran.

- Hypocrisy: Sweden to present U.N. resolution on Iran’s human rights record

feministas-suecas-web

01/03/18

A Associação dos Autarcas Monárquicos pratica a censura por delito de opinião

 

A página no FaceBook da Associação dos Autarcas Monárquicos pratica a censura por delito de opinião, nomeadamente através de um tal Rui Manuel que faz parte da administração da referida página. Eu falo por experiência próprio, porque um comentário meu foi censurado apenas porque aquele referido senhor não concordou comigo.

É claro que a página foi votada ao (meu) ostracismo.

associação de autarcas monarquicos

18/02/18

A “música ligeira” está praticamente morta

 

james-last-webDesde muito pequeno que me habituaram a ouvir a chamada “música ligeira”, que era uma espécie de versões de música ritmada instrumental e orquestrada de temas clássicos ou/e modernos, desde a música clássica até à chamada “música POP”.

Por exemplo, o meu pai comprou muitos discos do maestro francês Paul Mauriat que é um exemplo de um maestro de “música ligeira”, e eu habituei-me a ouvi-lo em casa e na rádio. Mauriat morreu em 2006.

Outro maestro muito divulgado e conhecido de “música ligeira” foi o americano Ray Conniff; morreu em 2002. De repente veio-me à memória o maestro francês de “música ligeira” Franck Pourcel; fui ver à Wikipédia: morreu em 2000.

Talvez o precursor da “música ligeira” e o mais antigo terá sido o maestro americano Percy Faith: faleceu em 1976. Billy Vaughn, outro maestro e compositor americano de música ligeira, faleceu em 1991. Finalmente, o maestro alemão de “música ligeira” James Last, nascido em Bremen (Alemanha) e residindo na Florida (Estados Unidos), deixou-nos em 2015.

Salvo esteja eu errado, o único espécimen ainda vivo da “música ligeira” é o pianista e maestro francês Richard Clayderman. Já não há mais ninguém.

A crise ou mesmo o desaparecimento da “música ligeira” reflecte a crise da música contemporânea que deixou de ter criatividade e não tem qualquer qualidade harmónica, por um lado, e por outro lado traduz a falta de educação dos nossos jovens no que respeita à chamada “música clássica” — porque a “música ligeira”, de certa forma, faz a simbiose (por assim dizer) entre a música clássica e a música contemporânea.

15/02/18

As bruxas: as feministas da Idade Média

 

“ Yo no creo en brujas, pero que las hay, ¡las hay!”


Em 1395 foi publicada pela Faculdade de Teologia de Paris, uma decisão segundo a qual a ofensa a Deus (abnegação do 1º Mandamento) não era uma simples abjuração, mas antes era uma forma de idolatria — o que era uma consequência de a bruxaria ser (naquela época) considerada como uma ofensa ao 1º Mandamento, conforme a tradição da teologia católica; mas também era uma consequência do ensinamento de Jean Gerson segundo o qual a moral pertencia ao domínio da fé, o que dava autoridade ao Antigo Testamento que já considerava a bruxa como uma idólatra (como vemos, o conceito de “bruxa” é anterior ao Cristianismo).

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A ideia segundo a qual a feitiçaria era uma ofensa à “religião” (sendo que a feitiçaria seria organizada em uma ou várias seitas) conduzia à conclusão de que, através da bruxaria, o Diabo não era apenas um agente da actividade maléfica das bruxas, mas antes era o próprio objecto de culto das bruxas.

Em 1480 foi publicado pelos dominicanos Jacob Sprenger e Heirich Krämer (e com aprovação papal), o Malleus maleficarum (ou Martelo das Feiticeiras), que era uma descrição dos actos das bruxas. A partir daí, a bruxa passou a ser, a par com o usurário, um inimigo da raça humana.


Sendo que, no imaginário popular ou/e erudito, as feiticeiras ou bruxas se organizavam em seitas, não é difícil sabermos que as seitas ultra-puritanas (e gnósticas) dos cátaros ou albigenses, considerados os maiores rivais da ortodoxia medieval, foram identificadas com a bruxaria; e outro grupo puritano e gnóstico, também ele identificado com a bruxaria, a Vauderie ou Waldensianos, apenas conseguiu sobreviver, enquanto seita, nas escarpas dos Alpes ocidentais, afastados da comunidade católica.

Interessante, a diferença entre a feiticeira, por um lado, e o feiticeiro, por outro lado.

As feiticeiras, quando a sua ira era provocada, afligiam o corpo dos adultos e das crianças, matavam porcos, espalhavam a doença entre o gado — o conhecido “mau olhado” da bruxa —, tornavam os homens sexualmente impotentes, ou faziam cair tempestades para arruinar as colheitas de alguém. A simples misoginia não chega para explicar por que razão se pensava que a maior parte das criaturas maléficas seriam do sexo feminino.

As mulheres, especialmente se eram simultaneamente velhas, solteiras e de “poucos amigos”, eram como uma espécie de “monges”, e recorreriam a métodos excepcionais para conseguirem os seus objectivos — porque a sua condição existencial impedia-as de utilizarem os métodos supra-naturais convencionais e admitidos.



As bruxas eram portadoras de um ressentimento (a que hoje chamaríamos de “ressentimento feminista”), em contraposição com os feiticeiros que eram frequentemente membros do clero (católico): onde o feiticeiro actuaria pelo fogo e pela espada, a feiticeira actuaria pela doença e pela tempestade.

As bruxas não eram apenas inimigas de um determinado católico, mas faziam parte de uma conspiração geral contra a Igreja Católica. Por exemplo, as bruxas de Macbeth (Shakespeare) colaboravam com outras bruxas para ampliar o dano infligido à sociedade, e elas próprias não negavam que, por detrás de cada manifestação de maldade, se procurava a mão do inimigo universal, isto é, do próprio Diabo.

É ponto assente que se imaginava que as bruxas formavam uma “seita de maldade”, semelhante à dos cátaros ou da mesma espécie da dos Waldensianos — porque a seita era o tipo de dissidência que os ortodoxos (católicos) melhor conheciam.

14/02/18

O NOVO CDS GAY sob os auspícios do Adolfo Mesquita Nunes e com a bênção da Assunção Cristas

 

Com a saída de Paulo Portas da chefia do CDS/PP, surgiu um novo partido: o CDS GAY, desta vez chefiado por Assunção Cristas e convenientemente assessorado por Adolfo Mesquita Nunes.

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Assunção Cristas diz que o vice-presidente do CDS GAY, Adolfo Mesquita Nunes, “teve muita coragem” em assumir a sua (dele) homossexualidade. Parece que determinados comportamentos sexuais devem ser anunciados ao mundo com pompa e circunstância — como se abafar palhinhas e tomar no cu fossem actos sublimes e sagrados, dignos de grande coragem.

Antigamente era corajoso, por exemplo, o soldado, o bombeiro, o missionário; hoje é corajoso o paneleiro.

Naturalmente que o CDS GAY de Assunção Cristas não terá o meu voto (como teve até às últimas eleições). Mal por mal, prefiro votar no PNR (Partido Nacional Renovador).

12/02/18

A casuística jesuíta da Nota do Cardeal Patriarca de Lisboa acerca do Amoris Laetitia

 

Eu não compreendo as reclamações do animal Anselmo Borges e do psicótico Frei Bento Domingues em relação ao Cardeal Patriarca de Lisboa no que diz respeito à “Nota para a recepção do capítulo VIII da exortação apostólica 'Amoris Laetitia'” — porque o D. Manuel Clemente apenas tenta servir de charneira (de “mediador”, por assim dizer) entre a tradição da Igreja Católica, por um lado, e os ditos “progressistas” que pretendem realmente destruir a Igreja Católica, por outro lado.

Ou seja: o Cardeal Patriarca de Lisboa não discorda — no essencial — da opinião das duas bestas aludidas em epígrafe.

A revolta do esclerosado Anselmo Borges e do néscio Frei Bento Domingues contra o Cardeal Patriarca de Lisboa só se explica por razões políticas intestinas à Igreja Católica portuguesa que extrapolam a encíclica Amoris Laetitia — porque, no que respeita à encíclica, o cardeal de Lisboa segue as indicações do Chico, a quem chamam de “papa”.


A casuística é um ramo da teologia moral que se desenvolveu principalmente com a Contra-Reforma da Igreja Católica (a partir de finais do século XV) que proporcionou aos Jansenistas a ocasião para atacar os jesuítas que abordavam os casos de consciência dos penitentes católicos como simples problemas jurídicos e, nas suas apreciações, introduziram noções como “restrição mental” – que possibilita a mentira – e “direcção de intenção” – que justifica um crime pelo motivo segundo o qual se cometeu.

Pascal criticou a casuística e os jesuítas.


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A noção de “discernimento” (que faz parte da Nota do Cardeal Patriarca de Lisboa) revela a ambiguidade moral propositada da casuística do jesuíta Chico a quem chamam de “papa”.

Ou seja, o Chico — e também o Cardeal Patriarca de Lisboa, para além das duas cavalgaduras indígenas supracitadas — aborda os casos de consciência dos penitentes católicos como simples problemas jurídicos (neste caso, os casos de consciência em relação ao casamento e divórcio), em que a noção de “discernimento” é de uma subjectividade de tal modo que pode justificar uma qualquer violação da lei moral católica:

«Como deve ser entendida esta abertura? Certamente não no sentido de um acesso indiscriminado aos sacramentos, como por vezes acontece, mas de um discernimento que distinga adequadamente caso por caso.

Quem pode decidir?

Do teor do texto e da mens do seu Autor (o Chico), não me parece que haja outra solução a não ser a do foro interno (do divorciado). De facto, o foro interno (do divorciado recasado) é o caminho favorável para abrir o coração às confidências mais íntimas e, se se tiver estabelecido no tempo uma relação de confiança com um confessor ou com um guia espiritual, é possível iniciar e desenvolver com ele um itinerário de conversão longo, paciente, feito de pequenos passos e de verificações progressivas.

Portanto, não pode ser senão o confessor, a certa altura, na sua consciência, depois de muita reflexão e oração, a ter de assumir a responsabilidade perante Deus e o penitente, e pedir que o acesso aos sacramentos se faça de forma reservada.

Nestes casos, não termina o caminho de discernimento (cf. AL, 303: discernimento dinâmico) para se alcançarem novas etapas em ordem ao ideal cristão pleno.» E acrescentou: «Precisamente a delicadeza de saber discernir, caso por caso, a vontade de Deus sobre essas pessoas, pede-nos a nós, sacerdotes, que nos preparemos bem para sermos capazes de tomar essas graves decisões».

Para o Chico, “não devemos julgar ninguém” (“¿Quem sou eu para julgar?”, perguntou o Chico); mas, quando convém ao Chico, o confessor já deve assumir juízos de valor subjectivos sobre alguém, e em nome de Deus.

Em nada, absolutamente nada no que diz respeito ao Amoris Laetitia, D. Manuel Clemente diverge do Chico a quem chamam de “papa”.

A procura de protagonismo me®diático por parte do sacana Borges e do atoleimado Bento Domingues tem apenas como leit motiv discrepâncias políticas e ideológicas: acontece que o Cardeal Patriarca de Lisboa não é marxista, o que incomoda alguns comunas filhos-de-puta que se reclamam hoje donos do catolicismo.

PS, BE e PAN de acordo para acabar com o casamento antes do divórcio

 

Depois do acordo entre o PS, BE e PAN para acabar com prazo para casar segunda vez, vem aí o acordo do PS, BE e PAN para acabar com o casamento antes do divórcio, fazendo com que o cidadão se possa divorciar antes de se casar, ou que se divorcie independentemente de haver casamento ou não — o que transforma o divórcio em uma instituição autónoma e dignificada.

A partir de agora, um cidadão ou uma cidadã (ou vice-versa) pode divorciar-se sem estar casado — o que é um passo civilizacional digno de relevo.

Esta dignificação da instituição do divórcio já vinha sendo reivindicada pela Esquerda há muito tempo, em nome da igualdade entre a instituição do divórcio e a instituição do casamento. Fontes do Bloco de Esquerda revelaram que a discriminação entre o divórcio e o casamento é um "autêntico constrangimento discriminatório e, como tal, injustificado e inadmissível".

11/02/18

O Anselmo Borges é burro todos os dias

 

« Este sacerdote e académico ( Anselmo Borges) lamenta que a moral católica “continue muito centrada no sexo” e aponta que declarações deste tipo podem afastar as pessoas da igreja, pois, embora o cardeal de Lisboa apenas tenha poder jurídico sobre a sua diocese, socialmente é considerado o chefe eclesiástico do país. »

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O Anselmo Borges segue os conselhos de Alinsky : “acusa sempre os outros da merda que tu fazes”.

Quando já vemos cardeais “progressistas” (como é o caso do cardeal Marx) que defendem o "casamento" gay na Igreja Católica, o Anselmo Borges vem dizer que “é a Igreja Católica (tradicional) que se centra no sexo”. A filha-da-putice do Borges não tem limites.

No que respeita à posição do Patriarca de Lisboa, ainda não tenho opinião formada; logo que a tenha, publico aqui.

10/02/18

A mecânica quântica defende a incognoscibilidade da "coisa-em-si-mesma" de Kant

 

1/ Segundo Kant, a "coisa-em-si", — ou seja, “a realidade tal como é”, é incognoscível, por oposição ao “fenómeno” — se não pode ser concebida, pode ser no entanto ser pensada.

Olavo de Carvalho (tal qual Hegel) diz que a "coisa-em-si" (ou o númeno) e o fenómeno não se opõem : “mostrar-se como 'fenómeno' é uma característica das coisas em si mesmas” e “não uma limitação do nosso aparato cognitivo, como ele pretendia” (sic).

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2/ convém dizer que o conceito de "coisa-em-si" de Kant pode ter várias interpretações, e ele próprio utiliza o conceito de "coisa-em-si" ou “númeno” em situações diferentes e mesmo aparentemente contraditórias. Os idealistas (Hegel, por aí fora, até Heidegger) negaram o conceito de númeno ("coisa-em-si") pelas mesmas razões invocadas por Olavo de Carvalho: segundo os idealistas, a presença da "coisa-em-si" em um pensamento que não a pode conhecer, é um paradoxo, o que levou a Hegel a negar a especificidade da "coisa-em-si".

3/ temos que saber se o conceito de "coisa-em-si-mesma" tem alguma pertinência segundo os conhecimentos científicos actuais.

O que Kant quis dizer com "coisa-em-si" — ou "coisa-em-si-mesma" — é o seguinte: o ser humano não será nunca capaz de conhecer a verdadeira natureza da matéria.

Por isso é que a "coisa-em-si-mesma" (ou seja, a verdadeira natureza da matéria) é (segundo Kant) incognoscível, por oposição (segundo Kant) ao “fenómeno” que é aquilo que aparece à nossa percepção proveniente das manifestações “individuais” da matéria.

Este problema da "coisa-em-si-mesma" de Kant (assim como o problema de “mónada”, de Leibniz) é hoje reflectido de forma similar pela física quântica: por exemplo, não se pode atribuir directamente qualquer propriedade (característica) a um vector de estado (estado físico) representado por um feixe de fotões em um Espaço de Hilbert.

Baseando-nos nos conhecimentos da ciência física, Kant tinha razão: a "coisa-em-si-mesma" continua a ser incognoscível (obviamente devido à “limitação do aparato cognitivo” humano); e provavelmente não existe nenhuma substância a que possamos chamar de “espaço-tempo”.

Convém dizer o seguinte: para Kant, a Física (o estudo da matéria) tem que ser puramente fenomenológica (tal como é ainda hoje a Física Clássica).

4/ DxDp≥ћ=h/2π

Esta é a conhecida fórmula de Heisenberg (ou princípio da incerteza de Heisenberg), escrita em 1925, em que Dx é a incerteza da posição de um electrão em determinado momento, e em que Dp é a incerteza do próprio momento. A constante h é a “constante de Max Planck”, e ћ é a “constante reduzida” de Planck. Naturalmente que π=3,141618....

Esta fórmula escandalizou a comunidade científica da altura, porque simplesmente defendia a ideia de que a “causalidade não era possível de uma forma consistente”, isto é, a causalidade rigorosa não existe. Como resultado prático da fórmula de Heisenberg, é teoricamente impossível fazer a observação de um electrão (ou outra partícula elementar) e simultaneamente definir a sua posição; ou se faz a sua observação (tempo), ou se define a sua posição (espaço) ― isto é, numa observação de um electrão, ou se define o tempo, ou o espaço que ele ocupa, e não as duas coisas simultaneamente (princípio da incerteza de Heisenberg).

5/ nós não observamos as trajectórias das partículas elementares (também chamadas de “acontecimentos”); podemos definir a posição de uma partícula no espaço, ou a sua velocidade no tempo, mas não podemos observar / verificar a trajectória dessa partícula (ou das partículas elementares em geral).

Isto significa que nós identificamos os corpos físicos como “aparências” interpretadas pelo “software” do nosso cérebro, e não como um conjunto de vectores de estado de partículas elementares.

O vector de estadoou “amplitude de probabilidade de função de onda”, ou "função de onda quântica" — é a "coisa-em-si-mesma" de Kant.

O nosso conhecimento físico fenomenológico (em relação à matéria) não é objectivo senão no sentido em que é intersubjectivo: é (apenas e só) porque é intersubjectivo, que o nosso conhecimento fenomenológico é objectivo. É no sentido em que o nosso conhecimento subjectivo das aparências é válido do ponto de vista intersubjectivo que podemos afirmar a objectividade desse conhecimento.

Isto não significa que as coisas não existam senão dentro dos parâmetros da nossa interpretação subjectivista. Kant não é idealista nem solipsista.

Dando o exemplo de uma rã. Ela não vê nada senão aquilo que se mexe. O seu olho é constituído de tal modo que tudo o que é imóvel lhe está inacessível. A rã vê a borboleta que voa, mas não vê a flor onde esta pousa. De modo semelhante, os seres humanos reconhecem aquilo que constitui para nós objecto do nosso pensamento ou da nossa percepção — até a nós próprios só nos conhecemos na medida em que nos podemos “objectivar de forma intersubjectiva”.

6/ A velocidade máxima no universo deixou de ser aquela que Einstein especificou na sua teoria. O conceito de “não-localidade” rebentou com a Relatividade de Einstein.

O espaço e o tempo são formas ou produtos da nossa intuição (humana) — ou aquilo a que Kant também chamou de “númeno em sentido positivo”, na medida em que se tratam de “conceitos” de “intuição não-sensível” (intelectual, espiritual) → em contraposição ao “númeno em sentido negativo”, que é algo que não é objecto da nossa “intuição sensível” e que depende da abstracção para a possibilidade de intuição.

04/02/18

O José Manuel Pureza e a nova versão do PREC [Processo Revolucionário em Curso]

 

“Nem a eloquência revolucionária, nem as cartas de amor, podem ser lidas por terceiros sem hilaridade.”

— Nicolás Gómez Dávila


Se lermos este texto do José Manuel Pureza, o conteúdo ideológico parece-nos uma espécie de “amanhãs que cantam” aplicados à ética e à cultura. A argumentação do Pureza sobre a legalização da eutanásia é histriónica; e por isso não é a argumentação que interessa analisar agora, mas antes interessa especificar a atitude do Pureza face à Realidade.

prec-webO conceito comunista/revolucionário e popularucho dos “amanhãs que cantam” reflecte a imanência do paraíso na Terra e uma confiança — é mesmo uma — total no ser humano, no sentido da prossecução das tarefas necessárias para que esse paraíso terrestre imanente seja alcançado.

Mas a realidade é muito diferente daquela que é “sonhada” pelo Pureza — partindo do princípio de que o Pureza está de boa-fé ao escrever aquilo (o que eu duvido).

O grande equívoco da “Revolução” Francesa não é uma excepção: é a regra! Os revolucionários da laia do Pureza são a tropa ligeira que desbasta o terreno, e a burguesia (da laia do Rui Rio e da maçonaria) é a infantaria massiva que o ocupa: toda a classe revolucionária posicionada no terreno é a burguesia. Por isso é que homúnculos como, por exemplo o Rui Rio, apoiam a moção eutanasiante do Pureza.


Depois de toda a revolução, o revolucionário da laia do Pureza defende a ideia segundo a qual a “revolução verdadeira” será a aquela outra “dos amanhãs que cantam”, ou seja, será aquela que está (ainda) por vir. O revolucionário assume sempre que um miserável qualquer traiu a revolução de ontem.

E é dentro deste esquema de pensamento que os revolucionários vão radicalizando as posições ideológicas face à Natureza Humana. As revoluções têm por função destruir as ilusões que as causam: não são locomotoras, mas antes os descarrilamentos da História. Os revolucionários não destroem senão o que fazia mais toleráveis as sociedades contra as quais se rebelam. E a grande verdade é que o ser humano não sabe que destrói senão depois de ter destruído; e aquilo que demorou muitos séculos a construir pode ser destruído por meia dúzia de bárbaros da espécie do Pureza.


A ideia do José Manuel Pureza (e dos revolucionários em geral) de “transformar sociedade” (ou mais comummente entre os revolucionários, a de “transformar o mundo”) significa literalmente “burocratizar o ser humano”, transformá-lo em uma peça de uma engrenagem desumanizante que isola o indivíduo face a um Estado plenipotenciário.

Das duas, uma: ou o José Manuel Pureza é um optimista incorrigível, ou então é um filho-de-puta — porque só um filho-de-puta ignora propositada- e ostensivamente o que se está a passar em outros países onde a eutanásia já foi legalizada. A ideia segundo a qual “Portugal será uma excepção à regra da eutanásia legalizada” só pode vir de um mentecapto; ou de um optimista psicótico; ou então, de um filho de uma grande puta.


As nossas repugnâncias espontâneas são mais lúcidas do que as nossas convicções racionalizadas; mas, a essas nossas repugnâncias espontâneas, o Pureza chama de “medo irracional” — a repugnância espontânea que nos induz a existência de uma injustiça potencial e iminente que a legalização da morte não-natural pelo Estado implica. E à nossa recusa de aceitar o Poder utilitarista plenipotenciário do Estado sobre a vida e sobre a morte — como já está a acontecer na Bélgica, na Holanda e no Canadá —, o Pureza chama de “autoritarismo”. O José Manuel Pureza especializou-se na novilíngua de 1984.

O Pureza fala da criação de uma “lei sensata” da eutanásia — mesmo sabendo do que se passa noutros países, onde a lei também seria suposta ser “sensata” quando foi criada, mas deixou de ser “sensata”.

A lei é o método mais fácil de exercer a tirania. O revolucionário (da laia do Pureza) oscila entre a estéril rigidez da lei, por um lado, e, por outro lado, uma vulgar desordem do instinto; e é esta desordem do instinto que inibe o Pureza de colocar as repugnâncias espontâneas antes de meras convicções racionalizadas.

O espírito humano implica a submissão falível a normas, e não uma sujeição infalível a leis: a ideia segundo a qual a lei da eutanásia será “sensata” porque infalível, só pode vir de um filho-de-puta de alto coturno. Reformar a sociedade por intermédio de leis é o sonho do cidadão mentecapto ou de um grande filho de uma grande alternadíssima, e é o preâmbulo de toda a tirania — ou seja, exactamente o contrário daquilo que o Pureza nos jura a pés juntos! Ou a lei é a forma jurídica do costume (costume esse que não tolera a eutanásia), ou então é um atropelo à liberdade.


A lei da eutanásia do Pureza (tomara que fosse só a dele!) e dos seus compagnons de route, sofrerá a mesma “evolução” das leis da eutanásia da Bélgica, da Holanda e do Canadá. Dentro de pouco tempo estaremos aqui todos a discutir a eutanásia de crianças com deficiências graves, como já acontece na Bélgica, por exemplo.

Os estúpidos da laia do Pureza pensam que o prazer de quebrar regras e costumes cresce indefinidamente à medida que vão abolindo essas mesmas regras e costumes.

Um Estado saudável — que não é o nosso — é aquele onde existem inúmeros obstáculos que estorvam a liberdade do legislador; mas com a ascensão da Geringonça ao Poder, os legisladores actuais não necessitam sequer da autorização do povo para legislar sobre o que seja. Vivemos já sob uma nova versão do PREC [Processo Revolucionário em Curso].

02/02/18

No Canadá do radical Trudeau, acabou o estatuto médico de objecção de consciência

 

Depois da legalização da eutanásia no Canadá, os médicos objectores de consciência ou são despedidos, ou são despromovidos na sua carreira profissional.

É esta a “liberdade de decisão e de consciência” que os actuais defensores da legalização da eutanásia em Portugal — que incluem os cabrões Rui Rio e/ou José Pacheco Pereira, do Partido Social Democrata — defendem para os médicos e enfermeiros.

É uma questão de tempo e veremos o inenarrável José Pacheco Pereira defender na televisão a ideia segundo a qual “os médicos objectores de consciência devem mudar de profissão, por exemplo, passar a trolhas ou picheleiros”.

eutanasia-cadeiras

30/01/18

O comuna Carlos Fiolhais e o dogma apocalíptico do Aquecimento Global Antropogénico

 

O Carlos Fiolhais é do tipo de comuna mais perigoso: daqueles que dizem que não são comunas, mas que têm uma ideologia e uma práxis comunas.

nasa-webUm tal Tiago Ramalho escreveu no jornal Púbico um artigo com o título “A relação difícil de Trump com a ciência” que mereceu o apoio total do comuna Carlos Fiolhais. Para o jornaleiro do Púbico (e também para Carlos Fiolhais ), Donald Trump tem “uma relação difícil com a ciência” porque não engole o dogma comuna do Aquecimento Global Antropogénico — e é um dogma porque a teoria do Aquecimento Global não é falsificável.

O pensamento do Carlos Fiolhais acerca das causas ou efeitos do CO2 na atmosfera é dogmático. Aliás, ele parte de um falso pressuposto: o de que o CO2 é a causa de um possível Aquecimento Global, quando na realidade o CO2 é um efeito de um possível e temporário Aquecimento Global devido à actividade do Sol. Senão, vejamos um vídeo (em baixo) em que a NASA desmistifica o tese do Aquecimento Global Antropogénico.

O jornaleiro do Púbico, com o apoio do comuna Carlos Fiolhais , fala mesmo em “apocalipse”:

« As “horas” estão a contar no Relógio do Apocalipse, acertado na última quinta-feira em relação ao ano de 2017. O painel de cientistas que girou os “ponteiros” deste relógio metafórico colocou-nos mais perto da meia-noite, como no tempo da Guerra Fria e da corrida ao armamento nuclear. »

Caros leitores: isto não é ciência!, é ideologia política! O Carlos Fiolhais que vá para a pata que o pôs, mais a Escatologia Aquecimentista que substitui agora o “Fim da História” marxista.

 

14/01/18

O Padre Gonçalo Portocarrero de Almada escamoteia a acção da máfia alfazema no seio da Igreja Católica do papa Chiquinho

 

Um bom gestor de recursos humanos fala muito mais nas virtudes das pessoas que tem sob sua responsabilidade, do que nos seus defeitos; e quando fala dos defeitos dos seus subordinados, é sempre em privado, evitando os holofotes da opinião pública.

cardeal_coloridoUm patrão que passa a vida a maldizer os seus empregados, não vai longe no negócio. É isto que o Padre Gonçalo Portocarrero de Almada parece não ter compreendido, no que diz respeito ao papa Chico.

Por outro lado, não é insignificante ou irrelevante que o papa seja “este” ou “aqueloutro” — como parece dizer o Padre Gonçalo Portocarrero de Almada. E quando criticamos as ideias de uma pessoa (seja papa ou não), temos a obrigação de dizer claramente por que as criticamos.

Por exemplo, os clérigos (entre eles o anterior cardeal patriarca de Lisboa) que criticaram os papas antecessores (Bento XVI e João Paulo II), nunca se atreveram a afirmar publicamente o teor das suas críticas: eram eminências pardas que manobravam na sombra, sem que o povo católico suspeitasse da conspiração da máfia alfazema que apoia claramente este papa.

Quando o Padre Gonçalo Portocarrero de Almada faz referência à infalibilidade da Igreja, invocando Mateus 16,18 — convém citar o que diz o trecho de Mateus:

“também eu te digo: Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do Abismo nada poderão contra ela.”

Em primeiro lugar, Cristo referia-se a Pedro, e não a um qualquer papa. A “Igreja edificada” seria uma consequência de Pedro. Em segundo lugar, o facto de “as portas do Abismo nada poderem contra ela” não significa que a Igreja seja necessariamente infalível em um dado momento ou em uma dada moda de época — porque se assim fosse, por exemplo, o papa Bórgia teria sido infalível, o que não me parece ser uma boa ideia.

O Padre pode enganar o Zé Pagode; mas não engana quem já leu umas coisas da História. E eu não li muito, mas li umas coisitas, o suficiente para dizer ao Padre que “papas há muitos”. E concordo com S. Roberto Belarmino:

“Tanto quanto está autorizado a resistir a um Papa que comete uma agressão física, do mesmo modo que é permitido resistir-lhe se faz mal às almas ou perturba a sociedade e, com mais forte razão, se procurasse destruir a Igreja — é permitido, digo, opôr-se a ele não cumprindo as suas ordens e impedindo que a sua vontade seja realizada.

Não é licito, contudo, julgá-lo em tribunal, impor-lhe punição, nem o depor, pois estes são actos próprios a um superior”.

--- São Roberto Belarmino, De Romano Pontifice, Livro II, Capítulo 29.


comunion-for-adulterers-webEm relação à aberração ideológica que é o Amoris Laetitia, o Padre Gonçalo Portocarrero de Almada diz que é uma “questão de interpretação”:

“É verdade que a ‘Amoris laetitia’, que é susceptível de uma leitura coerente com o precedente magistério da Igreja, foi também interpretada por alguns eclesiásticos de forma contrária à doutrina católica”.

Mais uma vez, o Padre quer enganar o pagode, sugerindo que o problema é de “interpretação”. Mas a gente não anda a dormir, e vamos lendo umas coisas porque ainda não desaprendemos de ler português, embora não saibamos o latinório do Padre (se é que os padres ainda sabem latim!).

Esta semana, o Acta Apostolicae Sedis, que é o órgão oficial do Vaticano responsável pela promulgação apostólica, publicou a infame e desprezível carta do papa Chicão aos bispos de Buenos Aires, declarando, ademais, que não há outras interpretações (“no hay otras interpretaciones”) do Amoris Laetitia senão aquela exarada na famigerada carta aos bispos argentinos.

É claro que o facto de o pagode não ler inglês favorece o Padre e comandita; mas eles podem enganar o povo durante algum tempo, mas não o enganarão pelo tempo todo.

A interpretação do Amoris Laetitia, segundo Chiquinho, é a seguinte: qualquer par em estado de mancebia pode participar na comunhão eucarística. Ponto final. É está “interpretação” do Chicozinho que o Padre Gonçalo Portocarrero de Almada escamoteia.

Em suma: é lamentável que o Padre Gonçalo Portocarrero de Almada venha defender o indefensável, e que se coloque ao nível do psicótico Frei Bento Domingues e do marxista Anselmo Borges.

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