04/01/16

A Maria João Marques e a Margaret Thatcher

 

“Margaret Thatcher é boa candidata a ícone do feminismo e a símbolo da afirmação feminina. Nem se lhe pode apontar pecados em duas causas geralmente caras ao feminismo: apoiou a legalização do aborto e o fim das leis contra os actos homossexuais, que considerava uma “humilhante intrusão na privacidade” dos gays”.

Maria João Marques

O aborto foi legalizado em Inglaterra em 1967 (a Inglaterra foi o primeiro país ocidental a legalizar o aborto, depois da Alemanha nazi), ainda a Margaret Thatcher era secretária de um deputado qualquer. E o fim das leis inglesas contra a sodomia aconteceu também em 1967.

Portanto, Margaret Thatcher nada mais fez do que qualquer outro primeiro-ministro faria no lugar dela. Não passaria pela cabeça de ninguém que um qualquer primeiro-ministro não “apoiasse” o politicamente correcto. Os políticos procedem de acordo com aquilo que é mais eficaz, e não com aquilo em que acreditam.

A Maria João Marques identifica (torna idênticos ou comparáveis) dois conceitos: “ícone do feminismo”, por um lado, e “símbolo da afirmação feminina”, por outro lado.

Ou seja, para a Maria João Marques, uma feminista é um símbolo de afirmação feminina. Seguindo a “lógica” da Maria João Marques, a Madre Teresa de Calcutá, por exemplo, era feminista; ou, não sendo feminista, não foi um “símbolo de afirmação feminina”.

mt

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