31/01/16

Os globalistas criaram o mosquito transgénico do vírus Zika

 

bill-gatesVemos neste vídeo em baixo o que significa a palavra “prometaico”, que deriva da figura mitológica grega que deu pelo nome de Prometeu, e que estava convencido de que o conhecimento (a ciência) traria a solução para todos os problemas da humanidade. Quando Prometeu desobedeceu a Zeus, este criou Pandora, uma mulher lindíssima, e deu-lhe uma caixa em que estavam encerrados todos os males possíveis e imaginários. Ainda hoje se utiliza a expressão “caixa de Pandora” para designar o castigo de Zeus a Prometeu que é o símbolo do homem revolucionário.

O vídeo demonstra como Bill Gates financiou a criação do mosquito transgénico que inocula o vírus Zika nas Américas. Não podemos afirmar que Bill Gates agiu propositadamente, mas podemos certamente dizer a figura prometaica que é Bill Gates abriu uma caixa de Pandora cujas consequências são imprevisíveis.

O homem moderno está convencido de que a ciência controla a Realidade. Trata-se de uma espécie de fé religiosa em relação à ciência, uma fé no poder absoluto do ser humano sobre a Realidade. A ciência está convencida de que, através da verificação estatística, pode prever o futuro; mas a verdade é que a estatística baseia-se no passado, e não há nenhuma garantia de que o futuro se possa basear absolutamente no passado.

 

28/01/16

O corolário da lei da eutanásia (Monty Phyton)

 

Um exemplo do totalitarismo da União Europeia: o Bloco de Esquerda e George Soros estão de acordo

 

Muitos “liberais” — no Insurgente, no Blasfémias, etc. — são apoiantes da União Europeia e do Euro, ou seja, vêem na União Europeia um espaço de liberdade, não só na economia como também na política. Se assim fosse, eu também seria apoiante da União Europeia e do Euro, mas a realidade conta-nos uma história diferente.

No vídeo em baixo verificamos a recente criação do Conselho Europeu da Tolerância e da Reconciliação (C.E.T.R.), sob os auspícios da União Europeia. O vídeo está em francês. O que o C.E.T.R. pretende é impôr, de forma coerciva, a tolerância aos cidadãos da União Europeia servindo-se de Directivas transformadas em leis aplicadas em todos os países.

 

Segundo a União Europeia e o Conselho Europeu da Tolerância e da Reconciliação (C.E.T.R.), o crime de “intolerância verbal” será comparável, em termos penais, à agressão física agravada. Por exemplo, se eu escrever, aqui no blogue, qualquer coisa contra o feminismo, poderei apanhar pena de prisão até cinco anos de cadeia.

Trata-se de uma vigilância oficial dos cidadãos e de organizações privadas — à moda da URSS e do KGB — que são consideradas “intolerantes”. O engraçado é que são esses mesmos “liberais” que dizem que a o KGB ainda existe na Rússia e que a União Europeia é um espaço de liberdade...!

Também é curioso o facto de este tipo de vigilância estatal totalitária do cidadão em nome da “tolerância”, ser defendida simultaneamente pela plutocracia internacional (Bilderberg, etc.) e pela esquerda neomarxista.

Ou seja, George Soros, Rockefeller, por um lado, e Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa, por outro lado, estão de acordo em relação àquilo a que eu chamei “sinificação da Europa”.

Está mesmo previsto um programa de reeducação dos cidadãos prevaricadores e recalcitrantes em relação à “tolerância” — semelhante aos programas de reeducação maoístas! ¿Percebem agora por que razão o maoísta Durão Barroso é uma acérrimo apoiante da União Europeia?

O que a União Europeia e o Conselho Europeu da Tolerância e da Reconciliação (C.E.T.R.) pretendem é limitar drasticamente a liberdade de expressão e de opinião, tendo em vista a sinificação da Europa.

Segundo o intelectual liberal suíço Thomas Hürlimann:

“O que a União Europeia pretende é criar o Homem Novo, em que tudo o que é especial no ser humano deve desaparecer, ou seja, o sexo, as crenças religiosas, a cor da pele, etc..

No futuro, apenas será autorizado um estereótipo cinzento da tolerância, ou seja, uma tolerância que se declara universal mas que se inverte e que se transforma em intolerância. E quem assinala hoje esta contradição em termos, arrisca a sua reputação e, dentro de pouco tempo, arriscará mesmo a sua vida. O estereótipo da tolerância vai erradicar, sem apelo, os últimos indivíduos”.

27/01/16

Como os russos vêem o homossexualismo

 

(via)

A qualidade intelectual da elite globalista reunida em Davos (1)

 

davos1

A psicótica Teresa de Sousa e o argumento ad Hitlerum em relação ao controlo da imigração

 

teresa-de-sousa-webA jornaleira Teresa de Sousa compara as medidas da Dinamarca de controlo da imigração, por um lado, com o holocausto nazi, por outro lado. Naturalmente que teria que ser no jornal Púbico.

A psicose é um quadro psicopatológico clássico, reconhecido pela psiquiatria, pela psicologia clínica e pela psicanálise, como um estado psíquico no qual se verifica certa "perda de contacto com a realidade".

Segundo Freud, enquanto que na neurose, o Eu tenta recalcar as reivindicações pulsionais, na psicose produz-se uma ruptura entre o Eu e a realidade, o que deixa o Eu sob domínio do ID. Num segundo momento, o Eu reconstrói a realidade segundo os desejos do ID (construções delirantes).

Comparar o controlo da imigração, por um lado, com o holocausto nazi, por outro lado, revela a psicose da Teresa de Sousa. Ela precisa de tratamento urgente.

Aliás, praticamente toda a Esquerda padece de um tipo especifico de psicose: o delírio interpretativo, que é incurável, embora sem demência terminal.

A confusão do Rolando Almeida sobre factos e valores

 

“Subjectividade e objectividade respeita às afirmações que fazemos e à sua relação com a verdade. Fazemos afirmações sobre factos e afirmações sobre valores, vulgo juízos de facto e juízos de valor. Especialmente no secundário haveria de corrigir alguns aspectos terminológicos. Isto porque se ensina na primeira unidade o que é uma proposição, mas quando se fala em valores fala-se em juízos. Nada me parece errado aqui. Mas seria preferível referir “proposições sobre factos” e “proposições sobre valores”, já que é disso que se trata e, desse modo, habituávamos os estudantes a uma uniformização lexical que me parece de todo vantajosa, pelo menos neste nível de ensino.”

Rolando Almeida


A oposição entre juízos de facto e juízos de valor é mais aparente do que real.

O uso do juízo de valor enuncia o que “deve ser”, e o que “não deve ser”. Embora não possa existir uma ciência normativa constituída por juízos de valor, mas apenas uma ciência crítica, podemos contudo tomar como base de discussão a afirmação inversa: os juízos de valor são meros juízos de facto que enunciam, embora de forma “sinuosa”, o pensamento (que é efectivamente um facto) "valorizador" daquele que fala.

O pensamento de uma pessoa acerca de um qualquer fenómeno, é um facto, que pode ser verdadeiro ou falso.

Essa verdade ou falsidade do juízo de valor pode ser verificada através de uma ciência crítica que, tal como na ciência normativa dos juízos de facto, depende dos pressupostos (postulados, axiomas) de que parte. Por exemplo, se eu disser que “o João mede 1,76 metros de altura”, essa verdade (a ser verdade) é intersubjectiva (ou seja, objectiva), mas parte do postulado de uma bitola de medição física macroscópica que tem como pressuposto (axioma) a velocidade de rotação e de translação da Terra, por exemplo. Outro exemplo: se colocarmos dois relógios acertados um com o outro — um deles na estratosfera, e outro dentro da crusta terrestre, ao fim de algum tempo os dois relógios deixam de estar acertados um com o outro.

Ou seja, a verdade de um juízo de facto depende da verdade de outro juízo de facto que lhe está subjacente e, assim ad infinitum.

Tal como acontece com os juízos de facto, os juízos de valor dependem de postulados e/ou axiomas.

Ou seja, à luz da ciência mais actual, o juízo de valor é tão relativo quanto é o juízo de facto. Não é possível, em bom rigor, afirmar que o juízo de valor é mais passível de ser verdadeiro ou falso do que um juízo de valor.

Se considerarmos que o juízo de valor é relativo, teremos também a aceitar que o juízo de facto também é relativo — o que seria a negação da ciência enquanto tal.

A ideia segundo a qual “a verdade das proposições sobre valores depende directamente das crenças” é tão válida quanto a ideia segundo a qual “as proposições sobre factos depende directamente das crenças” — porque a ciência (empírica ou teórica) também é baseada em crenças, embora crenças de grau superior.

O que interessa, tanto no juízo de facto quanto no juízo de valor, é a fundamentação racional do juízo que justifica a crença, e não apenas a crença entendida em si mesma.

26/01/16

A Europa das milícias e sem polícia

 

À medida que a polícia cumpre ordens do Poder politicamente correcto e se afasta dos cidadãos (como está a acontecer também na Alemanha: ler artigo), os cidadãos franceses organizam-se na defesa da sociedade contra a acção ilegal e anti-social dos imigrantes.

Podemos ver neste vídeo em baixo, cidadãos franceses organizados a reprimir, em Paris, um assalto a uma loja, por parte de imigrantes.

Emotivismo Moral

 

“Outra teoria meta-ética importante é conhecida como emotivismo ou não cognitivismo. Os emotivistas, como A. J. Ayer (1910-1988), no capítulo 6 de Linguagem, Verdade e Lógica, defendem que nenhuma afirmação ética tem literalmente sentido. Não exprimem quaisquer factos; o que exprimem é a emoção do locutor.

Os juízos morais não têm nenhum significado literal: são apenas expressões de emoção, como resmungos, bocejos ou gargalhadas.

Logo, quando alguém diz «a tortura está errada» ou «devemos dizer a verdade», está a fazer pouco mais do que mostrar o que sente em relação à tortura e à honestidade”.

Emotivismo Moral

Deveríamos perguntar ao A. J. Ayer se a sua (dele) proposição ética exprime quaisquer factos, ou se apenas exprime a emoção dele.

E o Rolando Almeida e o Desidério Murcho deveriam colocar esta pergunta aos seus (deles) alunos.

25/01/16

Viva o progresso!

 

Pela primeira vez temos um presidente da república divorciado (não há primeira-dama).

O próximo presidente da república será uma lésbica “casada” com outra (uma marida com uma marida) e com um filho anónimo, produto de inseminação artificial (um filho-de-puta).

E depois teremos um gay poliândrico como presidente da república, que transformará o palácio de Belém em uma sauna gay. Há que ser moderno!

E para sermos ainda mais progressistas, iremos eleger para presidente da república um transsexual negro em uma relação poliamórica com 27 homens e mulheres de género neutro. Não há fome que não dê em fartura!

Ser progressista é fixe.


casal-real-web

24/01/16

A cultura antropológica ocidental está inferiorizada

 

Vemos aqui em baixo duas fotografias: a primeira, a de uma paragem de transportes públicos na Rússia; e a segunda a de uma paragem em um país anglo-saxónico. Obviamente que ambas as imagens reflectem excepções: nem todas as paragens de “bus” são assim nesses países; mas as fotografias dão uma ideia das abissais diferenças culturais existentes entre o Ocidente, por um lado, e a Rússia, por outro lado.

paragem-na-russia-web

paragem-no ocidente-web

Racionalmente, é impossível defender a superioridade cultural do Ocidente. É esta uma das razões por que o Islão avança pela Europa adentro: o Ocidente perdeu autoridade moral.

Os Estados Unidos estão na frente do movimento de decadência ocidental. Por isso é que surgiu o fenómeno de Donald Trump, que é uma tentativa desesperada (e quase patética) de travar (sem sair do sistema político existente) o que parece ser inevitável: o desabar da cultura antropológica que sustenta o sistema político. A propriedade privada e as convicções religiosas começam a ser colocadas em causa nos Estados Unidos através do judicialismo que substitui a política:

13.000 dollars d’amende pour un couple de fermiers américains qui refuse d’accueillir un « mariage » homosexuel

Os Estados Unidos de Obama e comandita representam hoje a frente de Esquerda internacional.

23/01/16

O Islamismo pretende subverter a Europa

 

Estas imagens não são do Iraque ou do Egipto: passam-se no Metro de Paris. Vêem-se nelas uma afronta pública que pretende ser subversiva, não só dos costumes europeus (ninguém berra no Metro), mas sobretudo subversiva no sentido de uma contra-cultura que pretende a supremacia.

19/01/16

Quem não segue as ideias do papa-açorda Francisco é “idólatra e rebelde”

 

O papa-açorda Francisco afirmou, em uma homilia realizada ontem de manhã na capela da Casa de Santa Marta, que os católicos que se mantêm fiéis à tradição da Igreja Católica são “obstinados, idólatras e rebeldes”, e são “culpados de adivinhação”.

O papa-açorda Francisco comparou os católicos que seguem as directrizes de João Paulo II e de Bento XVI, com o povo judeu dirigido por Saúl que sacrificava animais a Deus; por outro lado, o papa-açorda Francisco comparou-se a si mesmo com Jesus Cristo, na medida em que se serviu das palavras de Jesus Cristo para justificar o insulto feito aos católicos praticantes em geral.

O principal e formidável inimigo dos católicos é o próprio papa-açorda Francisco, em nome daquilo a que ele considera ser “o progresso”, que inclui a tolerância moral em relação à sodomia, ao aborto, ao "casamento" gay, ao sincretismo religioso maçónico que coloca em causa não só o catolicismo mas também o Cristianismo em geral, etc..

POPE-PROGRESS

18/01/16

O problema do Estado

 

Da palestra de Paul Gottfried podemos retirar as seguintes e principais conclusões:

  • O domínio da Esquerda no ocidente só vai parar quando as populações imigrantes (muçulmanas, na maioria) assumirem um papel preponderante nos países ocidentais.

A partir do momento em que a população islâmica na Europa, por exemplo, atingir uma determinada percentagem — a singularidade islâmica  —, todas as “vitórias” sociais e culturais da Esquerda serão revertidas e abolidas.

  • A única forma de derrotar a Esquerda (sem a contribuição islâmica) consiste no combate contra o Estado.

A Esquerda serve-se do Estado para prosseguir uma política de engenharias sociais e culturais; os partidos políticos legalizados existentes são extensões do Estado, sem excepção; a cultura antropológica é modelada pelo Estado e pela Administração Pública centralizada. O multiculturalismo, a burocracia e a Administração Pública centralizada são instrumentos políticos da Esquerda.

Neste contexto, por exemplo, a União Europeia é um instrumento político de Esquerda. Os partidos ditos de Direita que existem na maioria dos países da União Europeia são apenas instrumentos do maniqueísmo político da Esquerda, que se serve deles (dos partidos da dita Direita) para implementar uma política de “progresso da opinião pública”, em que a dita Direita é demonizada por forma a justificar a radicalização crescente do aprofundamento da intervenção do Estado na sociedade, e o aumento do Poder burocrático sem rosto.

É neste sentido que eu digo que Paulo Portas (com a ajuda de Adolfo Mesquita Nunes) “fechou a Esquerda à direita”. E Assunção Cristas vai continuar a mesma política de Paulo Portas de fechamento da Esquerda à direita (o CDS/PP transformado em um partido tampão que tenta impedir a formação de partidos políticos paleo-conservadores fora deste sistema político controlado pela Esquerda). Neste sentido podemos dizer que o CDS/PP é um partido político de Esquerda.

  • O combate contra o Estado consiste na redução drástica do seu Poder.

sociedade-civil
A receita foi dada por Tocqueville em finais do século XIX: o Estado tem que ser apenas mais uma instituição da sociedade civil. Não se trata apenas de uma descentralização do Poder do Estado: é também a transformação do Estado em um mero parceiro da sociedade civil, dando liberdade às comunidades locais e instituições da sociedade civil de se organizarem autonomamente.

Dado o Poder actual e crescente concentrado no Estado que serve a Esquerda, esta mudança não se fará sem violência — porque é todo o sistema político actual que está em causa. A actual “democracia” não é democrática: serve apenas uma elite de iluminados esquerdistas.

16/01/16

Prof. Paul Gottfried: “Como a Esquerda derrotou a Direita”

 

 

O espírito de manada da classe política portuguesa

 

No recente debate televisionado entre Maria de Belém e Marcelo Rebelo de Sousa, a primeira disse o seguinte acerca de uma eventual lei da eutanásia:


“É preciso ter cuidado com a questão da eutanásia, até porque só existem dois países da União Europeia que aprovaram uma lei da eutanásia”.

Esta frase passou despercebida a muita gente; e significa o seguinte:

Se a maioria dos países da União Europeia tivesse já aprovada uma lei da eutanásia, a questão seria diferente e Portugal poderia adoptar também uma lei idêntica.

A preocupação da Maria de Belém com aquilo que os outros países da União Europeia fazem, é evidente; se a maioria dos países da União Europeia se atirar a um poço, a Maria de Belém vai a seguir. Isto revela um espírito de manada por parte da nossa classe política. Não são indivíduos: são bois e vacas que nos representam e que nos controlam.

No espírito de manada, os indivíduos (políticos) actuam colectivamente sem uma direcção centralizada, ou seja, actuam em roda livre. A manada (da nossa classe política) aparece como uma unidade em movimento, mas a sua função resulta de um comportamento descoordenado de indivíduos em regime de auto-gestão.

Kierkegaard e Nietzsche criticaram o espírito de manada. A classe política portuguesa, que supostamente deveria ser um melhor exemplo para a sociedade, é um grupo de pessoas que imita os membros de outro grupo que consideram superior — as classes políticas dos outros países da União Europeia.

O ser humano não pode escapar ao mimetismo cultural. Mas em questões fundamentais da cultura, como por exemplo na estética ou na ética, o espírito de manada é a antítese de civilização.

O Anselmo Borges e a revolução na Igreja Católica

 

1/ No Cristianismo primordial, os bispos eram eleitos pelo povo cristão. Ainda no tempo de Santo Agostinho, os bispos eram eleitos. Mas a eleição dos bispos só era possível porque os cristãos constituíam uma minúscula minoria da população do império romano.

À medida que o Cristianismo se espalhava entre a população do império, incluindo, na nova fé, culturas heterogéneas em uma mesma comunidade, começaram a acontecer problemas com a eleição do Bispo. Ficou célebre o episódio da eleição do Bispo de Milão e a sua posterior deposição por um movimento popular sanguinário de cristãos lombardos (provenientes da Lombardia); e depois, o mesmo Bispo, em vez de ser eleito novamente, foi nomeado por uma comissão dita “representativa dos cristãos” e permaneceu no cargo até à sua morte natural.

Em todo o império, e à medida em que o Cristianismo ganhava mais e mais fiéis, as eleições dos bispos foram sendo substituídas por nomeações por parte do clero local, e sem interferência directa (embora indirecta) da comunidade cristã (do povo cristão); e a principal razão era a de que as comunidades cristãs do império romano eram culturalmente heterogéneas, e portanto não se entendiam quanto à eleição do Bispo. Por exemplo, em Milão, a comunidade cristã lombarda da cidade queria um Bispo lombardo; já a comunidade cristã lígure da cidade queria um Bispo proveniente da Liguria. E por aí afora.

Com o Concílio de Niceia, a eleição dos bispos foi definitivamente abolida.


O Anselmo Borges propõe aqui a eleição da hierarquia da Igreja Católica por parte de mais de mil milhões de católicos.

Quem conhece minimamente a história da Igreja Católica, não se deixa enganar pelo Anselmo Borges. A democracia representativa (e a participativa) só é possível a nível da nação (ver o que significa nação). Vemos, por exemplo, a dificuldade da democracia espanhola, com os seus movimentos nacionalistas locais — exactamente porque a Espanha não é uma nação, mas antes é um conglomerado de nações. Se houve qualquer coisa de positivo na Revolução Francesa foi a demonstração da identificação entre democracia e nação.

Mas dentro de uma mesma nação, a democracia é conflituosa, faz com que os nacionais se virem uns contra os outros — como aconteceu em Milão com a eleição do Bispo, no tempo de Santo Agostinho. E se extrapolarmos o princípio democrático, na eleição da hierarquia da Igreja Católica, para mil milhões de católicos de várias culturas e espalhados por todo o mundo, facilmente nos damos conta de que a utopia de Anselmo Borges é loucura.

2/ o Anselmo Borges diz que, para se ter uma noção ética correcta da vida sexual, é preciso que quem faz juízos de valor acerca da vida sexual não seja celibatário.

Esta posição faz lembrar a de Lobo Antunes:

“Eu me pergunto se um homem que nunca fodeu pode ser um bom escritor.” → António Lobo Antunes

O Rerum Natura escreveu aqui um bom artigo sobre o assunto; e eu também escrevi aqui qualquer coisa. Não consta que Fernando Pessoa, por exemplo, tivesse fodido; portanto, no critério de Lobo Antunes na estética (e o de Anselmo Borges na ética), Fernando Pessoa não pode ser um bom escritor. A ideia segundo a qual é absolutamente necessário ter determinadas experiências de vida prática para se obter uma sensibilidade estética apurada, é um sofisma. E o mesmo se aplica à ética.

3/ o Anselmo Borges propõe o fim da imposição do celibato aos sacerdotes católicos. Aqui, vou parafrasear Nicolás Gómez Dávila:

“A crescente dificuldade de recrutamento de padres deve embaraçar a humanidade, e não preocupar a Igreja Católica”. → Nicolás Gómez Dávila

A solução apropriada para uma humanidade embaraçada consigo mesma, é a promoção de diáconos (que podem ser casados ou casadas) em determinadas funções da Igreja, mantendo-se o celibato dos sacerdotes.

4/ o Anselmo Borges propõe que as mulheres sejam ordenadas sacerdotisas da Igreja Católica, e propõe mesmo que uma mulher seja “eleita Papisa”. Quer voltar ao tempo da papisa Joana.

A experiência recente da Igreja Anglicana, que efectuou reformas que incluem a nomeação de “Bispas” (mulheres casadas, heterossexuais ou lésbicas), veio demonstrar que Anselmo Borges está errado. Hoje, e depois das reformas, a Igreja Anglicana tem menos de 1 milhão de fiéis em um pais como mais de 70 milhões de almas. A reforma anglicana foi um fiasco. Esta diminuição do número de fiéis inclui as mulheres britânicas que se desligaram da Igreja Anglicana — e não só de homens, como é óbvio: foram as próprias mulheres que se afastaram da Igreja Anglicana, depois das reformas que pretendiam identificar as mulheres com os homens no seio de uma comunidade cristã.

5/ o Anselmo Borges pretende a eliminação dos mitos judaico-cristãos existentes no seio da Igreja Católica, por exemplo, erradicando a noção de “pecado original”.

O Anselmo Borges confunde mito, por um lado, com mentira ou falsidade, por outro lado. Para o Anselmo Borges, mito é sinónimo de mentira. A verdade, porém, é a que o mito não pode entrar pura e simplesmente na alternativa verdadeiro / falso. Apesar de imaginário ou ideal, o mito não pode ser reduzido à ilusão, ao erro, à mentira. O Anselmo Borges tem obrigação de saber isto, mas faz de conta que não sabe, para enganar o povo católico.

O que Anselmo Borges defende, através da erradicação da noção de “pecado original”, é a eliminação, no ser humano, do sentimento culpa — o que é uma impossibilidade objectiva. Sem sentimento de culpa (originário ou não), um ser humano é um robô. Ora, um robô não tem dignidade. Alegadamente em nome da dignificação do ser humano, Anselmo Borges defende a redução do ser humano a uma espécie de robô.

O que o Anselmo Borges defende, em suma, é uma Igreja Católica prometaica, em que o ser humano ocupa o vértice superior da pirâmide dos valores. Anselmo Borges está, para a Igreja Católica, como o Bloco de Esquerda está para a nossa sociedade: ambos são muito perigosos, porque aproveitam-se do espírito do tempo para convencer as pessoas de que não existem valores eternos.

15/01/16

O politicamente correcto dos Cunservadores

 

O blogue das famílias portuguesas publicou um vídeo em que se expõem as teses politicamente correctas dos Cunservadores, a ver:

sempre existiram homossexuais, e portanto não devemos criticar a sodomia, em si mesma; o que devemos criticar são os ideólogos políticos que se servem dos homossexuais;

Segundo este raciocínio: “sempre existiram sado-masoquistas, e por isso não devemos criticar o sado-masoquismo”. Por outro lado, separa-se o objecto da ideologia política, por um lado, da própria ideologia política, por outro lado — o que é um absurdo.


não devemos fazer juízos de valor sobre o comportamento homossexual; só Deus pode fazer juízos de valor sobre o comportamento de qualquer pessoa.

Mas quando a Esquerda faz juízos de valor, devemos aceitar como normais esses juízos de valor.


não devemos utilizar o termo “homossexualismo”, porque ao utilizar este termo, estamos a fazer o que o movimento gay (ou seja, o homossexualismo) quer — porque eles (o movimento gay) vão utilizar isso como pretexto para a existência de um suposto “fundamentalismo religioso” que justifica a criação de mais privilégios políticos e sociais.

Por esta ordem de ideias, não devemos utilizar a palavra “marxismo”, porque isso serve de pretexto para a existência de uma suposta “extrema-direita” que justifica uma maior repressão da liberdade de expressão e a criação de privilégios para os marxistas.


O problema é que estas teses são defendidas por Cunservadores com grande influência na cultura da dita “direita”. É o politicamente correcto dos Cunservadores.

O Rerum Natura e as alterações climáticas

 

O Rerum Natura anuncia uma palestra sobre o negacionismo das alterações climáticas. Obviamente que se trata de um espantalho, porque desde que existe atmosfera terrestre que existem alterações climáticas.

Portanto, o que se nega não são as “alterações climáticas”; o que se nega é o que o blogue Rerum Natura defende, que é a nova teoria malthusiana do Aquecimento Global Antropogénico segundo a qual, grosso modo, as alterações climáticas se devem aos peidos das vacas e aos arrotos dos bebés — e, portanto, temos todos que comer palha e abortar à fartazana (e importar muçulmanos).

Servindo-se de uma visão apocalíptica e milenarista cientificista das alterações climáticas (alterações climáticas que sempre existiram), essa gentalha engana o povo servindo-se de uma pseudo-ciência — porque é claro que as alterações climáticas existem, como sempre existiram. O que a ciência não pode saber, de forma segura, é o que nos reserva o futuro em relação às alterações climáticas, porque não sabemos o comportamento futuro do Sol.

Desta forma, a tese apocalíptica das alterações climáticas transformou-se em um instrumento político: já não estamos na área da ciência, mas antes na área do cientismo. O Carlos Teixeira pode ter todos os doutoramentos / alvarás de inteligência do mundo, mas, quando utiliza o argumento das alterações climáticas para defender a tese do Aquecimento Global Antropogénico, não passa de um charlatão.

Oito elementos da selecção feminina de futebol do Irão são homens

 

O Ocidente, que inventou a Ideologia de Género, anda indignado porque oito elementos da equipa nacional feminina de futebol do Irão são homens que aguardam a cirurgia de mudança de sexo. Ou seja, na linguagem politicamente correcta, são do sexo masculino mas do “género feminino”.

O movimento político feminista, se for coerente com a Ideologia de Género, terá que aceitar a ideia de que uma equipa feminina (de qualquer modalidade) possa ser constituída por homens.

selecção-feminina-irao-web

14/01/16

O Francisco Sena Santos “supunheta”

 

Em ciência, desconfiamos das coincidências. A indução é raciocínio por analogia; perante uma coincidência, procuramos encontrar um qualquer nexo causal que a justifique. Podemos estar errados no nosso raciocínio, mas não podemos desprezar a indução.

Toussenel, que foi discípulo de Fourier, dizia que “a analogia possui o privilégio de não poder ensinar uma ciência sem as ensinar a todas”.

Quando dois fenómenos coincidem no tempo e no espaço, o espírito científico fica em estado de alerta e raciocina por analogia (indução). Por exemplo, coincide no tempo e no espaço que a Alemanha recebeu cerca de 1 milhão de “refugiados” desde o verão de 2015, por um lado, e por outro lado aconteceram as agressões a mulheres em várias cidades alemãs, durante a noite de Ano Novo, por parte de homens de origem muçulmana.

Mas o Francisco Sena Santos (FSS) não aceita o raciocínio por analogia e despreza as coincidências:

“Mas este caso da noite de passagem de ano em Colónia – há relatos de outros em outras cidades alemãs, o que já levou as autoridades alemãs a falarem de ataque organizado – remete unanimemente para agressores da bacia sul do Mediterrâneo. Apareceu logo quem apontasse o dedo aos refugiados a quem Merkel abriu as portas no último Verão. Custa crer que os agressores possam ser os novos refugiados. Não parece provável que gente que acaba de arriscar a vida para chegar à terra ambicionada arrisque pôr a esperança em causa encurralando-se numa noite de loucura. Aliás, os indícios já disponíveis apontam para imigrantes de segunda ou terceira geração, jovens socialmente débeis que se consideram discriminados na Europa e que sentem que conquistam poder ao impor o medo.

Não sabemos ao certo o que estava na cabeça dos agressores. Nem sabemos exactamente quem são. Sabemos que a maioria deles tem origens no mundo árabe-muçulmano. Supõe-se que a maioria dos agressores vem do meio dos imigrantes, não do dos refugiados”.

Ou seja, para o FSS, o facto de terem entrado em 2015, e na Alemanha, cerca de 1 milhão de “refugiados” não significa que os ataques a mulheres alemãs tenham vindo da parte destes.

Segundo o FSS, a culpa do comportamento dos jovens muçulmanos é da sociedade alemã: “jovens socialmente débeis que se consideram discriminados na Europa”. Coitados! Se os jovens muçulmanos violam mulheres alemãs, é óbvio que a culpa é dos alemães.

Isto é típico do arquétipo mental do politicamente correcto: a inversão da moral.

E depois, o FSS entra no âmbito do “supunhetamos”: ele “supunheta” que “a maioria dos agressores vem do meio dos imigrantes, não do dos refugiados”. E ¿por quê? Porque sim! Perante determinadas coincidências factuais, somos livres de “supunhetar”. Podemos supunhetar, por exemplo, que o facto de a chuva cair não tem nada a ver com o fenómeno da evaporação e da condensação da água; podemos dizer, em vez disso, que a chuva cai porque o S. Pedro está zangado connosco.

Supunhetar não paga imposto. O problema é que o FSS é jornalista e escreve nos me®dia, e por isso o povo tem que aturar a sua (dele) masturbação politicamente correcta.

Entrevista com jovens imigrantes muçulmanas na Alemanha

 

 

As diferenças culturais são de tal forma grandes que é praticamente impossível uma integração dos imigrantes muçulmanos na Alemanha ou em qualquer país europeu.

13/01/16

A agressividade política é exclusiva da Esquerda

 

Quem nomeia os líderes partidários são os me®dia, como podemos verificar em quase toda a opinião me®diática acerca do novo líder do CDS/PP. Temos aqui um exemplo:

“Nuno Melo e Assunção Cristas têm maneiras diferentes de estar na política: enquanto ele tem um discurso muito agressivo, ela é calma, embora firme”.

Entre Melo e Cristas, prefiro a segunda

Quando se trata da Esquerda, a agressividade política não só não é importante, como até é bem-vinda; e também não conta, na Esquerda, o percurso académico.

Temos, por exemplo, as esganiçadas do Bloco de Esquerda: a Catarina Martins que é uma vulgar licenciada e uma actriz de teatro, agressiva quanto baste, e não consta que tenha um qualquer doutoramento universitário; ou a Marisa Matias que é de Alcouce e socióloga com um doutoramento feito “à pressão” — o que interessa não é a inteligência: em vez disso, o que interessa é um alvará de inteligência.

Ou o Jerónimo de Sousa do Partido Comunista, que mal sabe ler e escrever, e que, a julgar pela opinião do jornaleiro do semanário Sol, de agressivo tem quase nada (calmo todos os dias!). 

Mas, segundo os me®dia e o jornaleiro Eduardo Ferreira, quando se trata da Direita os líderes têm que ser calmos. Não convém que à Direita haja agressividade; convém uma Direita calminha, domesticada, obediente à Esquerda e ao politicamente correcto. Por isso é que “a Assunção Cristas é melhor do que o Nuno Melo”.

12/01/16

Eu escrevo o português de Angola

 

Quando eu escrevo o português de Angola, sinto-me mais angolano do que português. Portugal é hoje uma colónia, e não um país soberano.

 

11/01/16

O efeito António Costa na “comunização” do país

 

António Costa e os seus malandros estão a transformar Portugal em um país comunista.

os-malandros-web

Em uma pequena importação que fiz da China, apresentei na alfândega todos os documentos necessários para o desalfandegamento (factura do fornecedor, prova documental de pagamento por transferência bancária paypal, e Código de Registo Comercial).

Mas um funcionário da alfândega de Lisboa (em Lisboa, existem mais comunistas por metro quadrado do que na Coreia do Norte), que faz questão de permanecer anónimo, exige que a empresa apresente também e voluntariamente o seu extracto bancário (inversão do ónus da prova), porque, se não fizer, alegadamente a mercadoria é embargada e/ou devolvida à procedência.

Ademais, o funcionário anónimo e comunistóide da alfândega de Lisboa viola o estipulado no artigo 382 do Código Penal — mas ele está-se cagando, porque o regime de António Costa e os seus malandros transformam um Estado de Direito em uma república das bananas.

Com António Costa iremos chegar a uma situação em que o cidadão tem que provar, a qualquer momento e em qualquer circunstância, que não é criminoso. Estamos a caminho de um país comunista.

O discurso da chamada “extrema-direita” corresponde à realidade

 

 

Hoje, e segundo a elite politicamente correcta que coordena o leviatão que é a União Europeia, a maioria dos povos da Europa são de extrema-direita; e a ideia da elite é a de substituir esses povos de “extrema-direita” por outros povos alegadamente mais consentâneos com o politicamente correcto.

Ou seja, os povos da Europa não servem, não prestam. E se um povo é uma merda porque — alegadamente — é de “extrema-direita”, então há que eliminá-lo da face da Terra.

São os povos da Europa que estão errados; e a elite política da União Europeia está correcta.

A produtividade dos países da União Europeia

 

produtividade na ue


Uma analogia:

Os luxemburgueses produzem 1 kg de ouro por hora, e os portugueses produzem 1 kg de alheiras por hora.

O esforço do trabalho por hora é idêntico nos dois casos, porque os luxemburgueses não são super-homens. A diferença é que os luxemburgueses têm os meios necessários para produzir ouro, e os portugueses não têm esses meios. A diferença de “produtividade” está aí.

Ora, é possível dotar Portugal de meios para produzir 1 kg de ouro por hora, em vez de alheiras. Mas isso iria baixar o preço do ouro no mercado — se toda a gente procurar produzir ouro, o preço do ouro baixa no mercado, e a produtividade baixa também. Por isso, quem produz ouro não quer que os outros o produzam, e fazem tudo para que os meios de produção de ouro não sejam transmissíveis a outrem.

A União Europeia é um mercado em que uns produzem ouro, e outros produzem alheiras; pelo meio, há uns que produzem prata ou cobre. E qualquer tentativa de alterar a situação dos produtores de alheiras é considerada um “atentado às instituições europeias”.

Para quem produz ouro, a competitividade não é problema, porque existem poucos com os meios necessários para produzir ouro. A produção de ouro é uma espécie de monopólio de um grupo pequeno. A competitividade só se coloca a nível dos produtores de alheiras, em que os meios de produção estão ao alcance de muitos países.

Portanto, a competitividade é proporcional à produtividade. Quanto menos produtiva é uma sociedade (ou país), menos competitiva ela é (a não ser que restrinja as importações, como faz a China, valorizando a produtividade no mercado interno). 

Para que Portugal possa dar um salto qualitativo e passar a produzir cobre ou prata (e já nem falo em produzir ouro!) tem que fazer um “corte epistemológico” em relação ao status quo.

E esse “corte epistemológico” passa por alianças bilaterais com países com interesses semelhantes aos de Portugal, e principalmente fora da Europa. Ou seja, a atitude de Portugal em relação à União Europeia tem que ser revolucionária, no sentido de colocar em causa a “lógica” de mercado que condena a que uns produzam alheiras toda a vida, enquanto os outros se pavoneiam com a sua “produtividade” produzindo ouro.

(fonte do gráfico)

10/01/16

Construir um “mundo melhor”

 

“Antes havia pessoas que queriam construir um mundo melhor. Nasceu a NATO, a ONU, a CEE e até a União Europeia. Havia um projecto, uma ideia, para o Mundo”.

¿Estão os portugueses mais inteligentes?

Afirmar que a criação da NATO, da CEE ou da União Europeia tiveram como objectivo a “construção de um mundo melhor” é a mesma coisa que dizer que a criação da Liga Hanseática ou o Tratado de Windsor tiveram como objectivo a “construção de um mundo melhor”.

Eu aceito a hipótese de ter uma grave deficiência cognitiva, porque até hoje ainda não consegui compreender o que é a “construção de um mundo melhor”.

Penso que se parte da premissa segundo a qual “o mundo é mau”, e por isso “é preciso melhorar esse mundo mau”.

Esse “mundo melhor” é um mundo colectivo: não se parte do princípio de que o indivíduo, enquanto tal, possa melhorar, mas antes que o colectivo — a humanidade — possa ser melhor.

O conceito de “construção de um mundo melhor” é um conceito colectivista, em que a “humanidade”, entendida como pessoa colectiva, elimina o mal do mundo. Neste sentido, o conceito de humanidade deixa de ser abstracto e/ou universal, e a humanidade é simbolicamente o antídoto de Deus que é o demiurgo que criou o mal do mundo.

Através da deificação do colectivo humano (o colectivo humano transformado em uma espécie de deus imanente), será possível a construção de um mundo melhor — é esta a ilação que eu retiro da ideia de “construção de um mundo melhor”. Esta ideia assusta. Parte-se do princípio de que o inconsciente colectivo (termo de Jung) é passível de “melhorar”, sendo que “melhorar” significa “eliminar o mal do mundo”.

Surpreende-me que o articulista do semanário 'O Diabo' utilize o conceito de “construção de um mundo melhor” em um mesmo artigo em que se questiona sobre se os portugueses estarão hoje mais inteligentes. Obviamente que a resposta é “não”.

Ricardo Araújo Pereira no Maxime/Titanic Sur Mer (ser gay é coisa fina)

 

O ideal do esquerdista é ser gay; ele faz tudo para parecer gay, para vencer o preconceito reaccionário do estereótipo do heterossexismo. Muitos esquerdistas ainda não conseguiram evoluir no sentido da ultrapassassem dos preconceitos da heteronormatividade, e por isso ainda não conseguiram alcançar o estatuto supremo da nossa sociedade: ser um gay reconhecido inter pares.

Para a Esquerda, ser gay é coisa fina; ser gay é melhor do que ser operário, empresário, jornalista ou funcionário público. Ser gay não é uma mera profissão ou actividade: é um estatuto social, comparável a um estatuto inerente a um cargo de natureza política mas de carácter vitalício. Esta é uma das razões por que o esquerdista almeja ser gay.

“Os Prémios Arco-íris 2015, uma iniciativa da ILGA Portugal que pretende reconhecer e incentivar personalidades e/ou instituições que, com o seu trabalho, se distinguiram na luta contra a homofobia, são entregues este sábado, dia 9, no Maxime/Titanic Sur Mer, a partir das 21h30, numa cerimónia conduzida por Ricardo Araújo Pereira”.

Prémios da ILGA também destacam Presidenciais

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Parece que o Ricardo Araújo Pereira tem vindo a tentar ser gay, mas a coisa não é para qualquer um; não é qualquer bicho-careta que é gay. Para se ser gay tem que se pertencer a uma casta superior, a uma elite. Ser gay é uma instituição, um ex-libris.

É provável que, no futuro, se possa ser gay através de concurso público, mas, por enquanto, o Ricardo Araújo Pereira vai ter que esperar. Ou então ele terá que fazer um curso intensivo nas saunas gay de Lisboa, ainda assim sem qualquer garantia de que o estatuto de gay lhe seja concedido.

09/01/16

As mulheres (em geral) na política

 

Se calha, sou machista por dizer parte da verdade. Qualquer crítica pertinente a qualquer mulher é, segundo o politicamente correcto, sinónimo de machismo, ou de misoginia.

Na imagem em baixo vemos dois políticos britânicos visitando os territórios inundados pelas cheias no Reino Unido.

À esquerda, David Cameron usando roupa casual e umas botas de borracha de 15 Euros.

À direita vemos a socialista escocesa Nicola Sturgeon com um casaco de marca Barbour de 240 Euros, e umas botas de marca Hunter de 170 Euros.

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(Fonte)

O ser humano conhece através dos opostos

 

O ser humano vai conhecendo a realidade através da dialéctica dos opostos (no sentido de Heraclito, e não de Hegel); mas a premissa do conhecimento, é a consciência de que os opostos são a condição (do conhecimento). Uma coisa é conhecer; outra coisa, diferente, é ter a consciência de que se vai conhecendo — ou seja, ter a consciência do conhecimento, entendido em si mesmo.

Exactamente porque a maioria dos seres humanos não tem a consciência de que vai conhecendo — não só “conhecer” por experiência própria, mas também através da epistemologia —, um dos opostos é alternativamente abraçado como sendo o próprio conhecimento; os opostos são concebidos como objectos (Metaxia).

Por exemplo, é ética- e moralmente repugnante a violência sexual recentemente sobre mulheres na cidade de Colónia, Alemanha. Para além da violência em si mesma, é também eticamente reprovável o obsceno — que é a erosão da fronteira entre o que é público e o que é privado.

Porém, o ser humano tem a tendência para justificar a objectivação de um oposto, com outro oposto transformado em objecto. Vê-se nesta fotografia um exemplo:

oposto

“Respeitem-nos! Nós não somos oferecidas, mesmo quando estamos nuas”.

A “coisificação” da mulher acontece nos dois opostos, porque ambos entram no domínio do obsceno; e quem se viu confrontado com os dois opostos e não os considerou como tal, não ganhou consciência de que não existe diferença real e substantiva entre eles.

Os sofismas do Anselmo Borges acerca do “futuro de Deus”

 

“Nos últimos séculos, a fé cristã teve falta de inteligência, e a inteligência cristã teve falta de fé”. (Nicolás Gómez Dávila)


Sofisma nº 1

“há o perigo de esquecer que, contra o que frequentemente se pensa, antes do século XIV, a Europa, segundo, G. Duby, não apresentava senão "as aparências de uma cristandade. O cristianismo não era plenamente vivido senão por raras elites”. ( Anselmo Borges)

Em primeiro lugar, passa a ideia segundo a qual, depois do século XIV, o Cristianismo passou a ser melhor vivido do que era antes; em segundo lugar, passa a ideia segundo a qual terá havido na História períodos em que o Cristianismo foi vivido plenamente não só por raras elites.

O que o Anselmo Borges escamoteia é a cultura de raiz cristã, que é marca de uma civilização, e que está para além da forma subjectiva de “como” o Cristianismo foi ou é vivido. Por exemplo, antes do século XIV, S. Bernardo, que era presumivelmente parte dessa rara elite, defendia a casuística que é uma forma pouco cristã e mais judaica de conceber Deus.

Dizer que “o cristianismo não era plenamente vivido senão por raras elites” requer que se defina, em primeiro lugar, o que é “viver plenamente o Cristianismo”, e para além da sua influência na cultura antropológica.


“A evolução do dogma cristão é menos evidente que a evolução da teologia cristã. Nós, católicos, com muito pouca teologia acreditamos hoje na mesma coisa que converteu o primeiro escravo em Éfeso ou em Corinto”. (Nicolás Gómez Dávila)


Sofisma nº 2

“Lutero também escreveu: "Temo que haja mais idolatria agora do que em qualquer outra época." Daí que Delumeau acentue a importância da actualização, também para se não cair em idealizações e dogmatismos. Por vezes, é preciso "desaprender", não idealizar o passado”. ( Anselmo Borges)

Quando o Anselmo Borges confunde dogma, por um lado, e teologia, por outro lado, incorre num sofisma. Através da evolução da teologia, Anselmo Borges defende a “desaprendizagem” do dogma por intermédio daquilo a que ele chama de “actualização”. Assim como os modernos dizem que “a lógica evolui”, assim o Anselmo Borges diz que o dogma evolui.

Sofisma nº 3

Qual é o grande mal do cristianismo? A sua ligação ao poder. "Pelas suas consequências, uma das mais trágicas falsas vias para as Igrejas cristãs foi, depois do fim das perseguições, a ligação entre o poder imperial romano e a hierarquia eclesiástica, simbolizada e fortificada pela coroação de Carlos Magno pelo Papa." (idem)

É impossível que uma religião — qualquer que seja — não tenha uma ligação ao Poder. Negar que o Cristianismo possa ter uma ligação ao Poder é negar a própria Natureza Humana. O que é importante é racionalizar a ligação da religião ao Poder, como aconteceu na Europa ocidental em que a Igreja Católica e o Poder se separaram, e ao contrário do que aconteceu na Igreja Ortodoxa e com o luteranismo.

Sofisma nº 4

Dever-se-á perguntar: como foi possível o movimento iniciado por Jesus ter hoje um Vaticano?! Seja como for, digo eu, a história é o que é e o que se impõe é uma revolução, para modos democráticos de governo eclesial, para a simplicidade, a transparência, o serviço. Cardeais e bispos não são "príncipes" nem podem viver como "faraós", diz Francisco. E as nunciaturas só poderão justificar-se enquanto serviços humildes de pontes para o diálogo e a paz mundiais. (ibidem)

Exactamente porque a Igreja Católica se separou do Poder, serviu durante séculos, de contra-poder. É exactamente este papel de contra-poder que é exercido pelo papa-açorda Francisco, mas que ele critica. Ou seja, ele exerce esse contra-poder e, simultaneamente, critica esse contra-poder — o que nos dá um vislumbre da irracionalidade do papa-açorda.

Quando Jesus Cristo disse “tu és Pedro e sobre essa pedra edificarei a minha igreja” (Mateus, 16, 18), Jesus quis dizer que a Igreja Católica teria uma hierarquia — porque qualquer edificação tem uma estrutura, e dentro da estrutura, as partes não são todas iguais. Ademais, o Anselmo Borges generaliza (falácia da generalização): a maioria dos cardeais e bispos não vivem como faraós: quando toma uma pequena parte pelo todo, o Anselmo Borges (assim como o papa-açorda Francisco) pretende condenar o todo.

Ao querer tornar a Igreja Católica inumana (no sentido de eliminar dela a Natureza Humana), o papa-açorda Francisco e os seus apaniguados (como o Anselmo Borges) pretendem destruir a Igreja Católica. É isso que essa gente pretende, em nome da criação de uma Igreja Católica perfeita, feita por homens perfeitos e por santos que ainda não morreram mas que (alegadamente) já fazem milagres.

O Anselmo Borges e o governo mundial

 

Num governo mundial, não há refugiados políticos — a não ser que os dissidentes políticos se exilem em Marte. É este governo mundial que é defendido pelo Anselmo Borges através da invocação da autoridade de outrem.

Depois há, no texto do Anselmo Borges, a ideia muito politicamente correcta segundo a qual é o medo em relação ao outro que “é causa da agressividade”; por isso, há que ser bonzinho, “tirar as calças e dar para ele”.

 

08/01/16

O politicamente correcto é (também) um puritanismo romântico

 

“Political correctness is not merely the imposition of rules of sensitivity on us; it is also the demand that incorrect thoughts expressing the forbidden attitudes must be stigmatized and abolished. For reasons I have given earlier, this seems virtually impossible, but impossibility has never discouraged moral reformers.

And the basic assumption of the politically correct moral reformer is that the moral life is essentially imitative. That is part of the reason why the anti-discrimination movement is so preoccupied with creatures called ‘role models.’

The assumption is that the young (particularly) will imitate those they admire, so the state attempts in the first place to control the people called ‘celebrities’ by imposing the responsibilities of ‘model-hood’ upon them. It relies on the psychology of imitation to control the way people behave.

“One way of understanding this strange project is to say that it is a version of the story of the fall of man, played backwards, so that fallen men return to their pristine condition of moral goodness.”

Kenneth Minogue, The Servile Mind – How Democracy Erodes the Moral Life (Encounter, 2010) extract from pages 107 through to 109.


Trata-se de um puritanismo invertido e romântico, traduzido por Rousseau através do conceito de “bom selvagem”.

Em 1754, Rousseau escreveu um livro com o título “Discurso Sobre a Desigualdade” em que afirmou que “o homem é naturalmente bom e só as instituições [da sociedade] o tornam mau”. Atirar a culpa para a sociedade é uma característica endémica do romantismo.

Segundo Rousseau, o primeiro homem que vedou um terreno e disse: 'isto é meu', achou pessoas bastantes simples para acreditar nisso, e foi o verdadeiro fundador da sociedade civil. Ele vai ao ponto de de deplorar a introdução da metalurgia e da agricultura. O trigo é símbolo da nossa infelicidade. A Europa é um continente infeliz por ter o máximo do trigo e do ferro. Para abandonar o mal, basta abandonar a civilização, porque o homem é naturalmente bom, e o selvagem depois de jantado está em paz com toda a natureza e é amigo de todas as criaturas.

Rousseau enviou uma cópia do livro a Voltaire que depois de o ler, escreveu-lhe em 1755 uma carta em que dizia o seguinte:

“Recebi o seu novo livro contra a raça humana, e agradeço. Nunca se utilizou tal habilidade no intuito de tornar-nos estúpidos. Lendo este livro, deseja-se andar de gatas; mas eu perdi o hábito há mais de sessenta anos, e sinto-me incapaz de readquiri-lo. Nem posso ir ter com os selvagens do Canadá porque as doenças a que estou condenado tornam-me necessário um médico europeu, e por causa da guerra actual naquelas regiões; e porque o exemplo das nossas acções fez os selvagens tão maus como nós.”

.

“É preciso mais Europa”

 

“Temores que dão crédito a quase tudo: desde o apoio a populismos e extremismos (de direita e de esquerda) à insistência de Juncker, presidente da CE, de que a solução, face à intranquilidade reinante e aos desafios que a UE enfrenta, é “mais Europa” e “mais solidariedade”. Ou seja, mais intervenção de cima para baixo e mais políticas irresponsáveis e burocráticas”.

Do temor que nos assola

Na década de 1980, a cúpula do Partido Comunista Soviético também dizia que “é preciso mais socialismo”. E depois foi o que se viu.

Este radicalismo incomoda

 

“Moral indignation is not truly sincere unless it literally ends in vomiting”.

→ Nicolás Gómez Dávila


O radicalismo não é só de esquerda; também é de uma certa “direita”:

Acabar com o Ministério da Saúde e libertar os hospitais para que desempenhem a sua missão de saúde, poderá ser mesmo a única solução razoável.”

porque funciona mal o nosso sistema de saúde

A Suíça tem um ministério da saúde; e não consta que tivesse sido tomado de assalto pelos comunistas. A Inglaterra também; a Alemanha, idem; nos Estados Unidos não existe um ministério da saúde federal, mas existe um organismo parecido em cada estado federal.

Este radicalismo neoliberal incomoda tanto quanto o radicalismo do Bloco de Esquerda e/ou do Partido Comunista. Causa vómitos.

As feministas do blogue Jugular não comentam as violações de mulheres em Colónia

 

As feministas (e os “feministos”) do Jugular ficaram caladas em relação às agressões sexuais dos imigrantes islamitas na cidade alemã de Colónia.

Em baixo vemos um vídeo de violência sexual colectiva islâmica sobre uma mulher alemã.

 

06/01/16

Piropofobia: ¿o que é “uma proposta de teor sexual”?

 

O novo artigo 170 do Código Penal reza assim:

"Quem importunar outra pessoa, praticando perante ela actos de carácter exibicionista, formulando propostas de teor sexual ou constrangendo-a a contacto de natureza sexual, é punido com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias, se pena mais grave lhe não couber por força de outra disposição legal."

Vejam que o artigo separa, com a conjunção disjuntiva “ou”, os conceitos de “propostas de teor sexual”, por um lado, e o de “constrangimento a contacto de natureza sexual”, por outro lado. Ou é uma coisa, ou é outra — o que significa que, segundo a nova lei, os dois conceitos não são a mesma coisa.

Faz lembrar um diálogo entre dois lógicos. Viram passar um transsexual, e pergunta um ao outro: “¿É homem ou mulher?”; e responde o outro lógico: “Sim.”

Seria diferente se a nova lei utilizasse uma conjunção copulativa “e”: “formulando propostas de teor sexual e constrangendo-a a contacto de natureza sexual”, porque neste caso, a proposta estaria, na acção, directa- e intrinsecamente ligada ao constrangimento.

Ora, se — segundo a nova lei — uma “proposta de teor sexual” não é “constrangimento a contacto de natureza sexual”, temos que saber o que significa “proposta de teor sexual”. Desde logo se percebe que, segundo o legislador, “proposta” não é a mesma coisa que “constrangimento”, o que me parece correcto.

Do ponto de vista etimológico (do latim propositio) mas não no sentido da Lógica, uma proposta é uma proposição, sendo que uma proposição é uma exposição de um sujeito, ou uma apresentação de um sujeito, ou o discurso de um sujeito. Em uma proposta, um determinado sujeito apresenta qualquer coisa e/ou expõe a sua opinião. Em toda a proposição (proposta) está sempre implícita uma qualquer acção — porque quando nós emitimos uma opinião (uma proposição, ou uma proposta), é porque queremos que toda a gente siga essa nossa opinião.

Portanto, no contexto da nova lei, uma “proposta de teor sexual” é uma qualquer opinião sobre uma qualquer pessoa e que envolva a sua (desta) sexualidade (entendida “sexualidade” como “modo de ser, que é próprio do que tem sexo”). E como todas as pessoas têm sexo, toda a opinião sobre alguém que incida genericamente sobre a sexualidade (“modo de ser que é próprio do que tem sexo”) desse alguém, passa a ser proibida.

Por isto é que o Insurgente não tem razão.

A culpa é das vítimas

 

“The Mayor of Cologne says women should adopt a “code of conduct” to prevent future attacks following trouble on New Year's eve when women in the city centre were subjected to sexual assaults by hundreds of men.

Henriette Reker attended an emergency meeting with police and other officials on Tuesday to discuss how best to deal with the crimes that occurred when 1,000 men, “of Arab or North African appearance”, took over the area around the main station”.

Mayor of Cologne urges code of conduct for young women to prevent future assaults

Henriette RekerCentenas de mulheres alemãs foram molestadas sexualmente (e algumas violadas), na cidade alemã de Colónia, por um milhar de “refugiados” segundo o critério do blogue Jugular. Essas mulheres molestadas não andavam nuas na rua, nem sequer de mini-saia no Inverno da Alemanha: estavam vestidas normalmente.

A Presidente da Câmara Municipal de Colónia, Henriette Reker (na imagem: um camafeu e um estafermo inédito! Deve ser feminista!) estabeleceu um código de conduta para as mulheres da cidade, que inclui manterem-se a um braço de distância dos “refugiados” (segundo o critério do blogue Jugular), não se afastarem do seu grupo, e pedir ajuda a transeuntes.

Ou seja, a culpa do comportamento dos “refugiados” (segundo o critério do blogue Jugular) é das vítimas.

Inverte-se a moral, o que é uma característica do politicamente correcto. A culpa da violação sexual da mulher branca europeia por parte do muçulmano, é da mulher branca — porque os muçulmanos estão (por enquanto) em minoria. Ora, é preciso proteger as minorias.

O piropo dá prazer aos reles operários das classes baixas

 

A jornaleira Ana Paula Azevedo (seja ela quem for) escreve acerca da lei da piropofobia.

E concorda com a lei: “habituem-se”, diz ela.

“Ora, segundo qualquer bom dicionário de Português, o piropo é um elogio dos atributos físicos de alguém.

Tendo em conta a formulação equilibrada encontrada na nova lei, não se compreendem as dúvidas e as reacções inflamadas. Pelo contrário, têm aí a melhor protecção que podia ser dada ao piropo e a quem tem o direito de continuar a expressar o seu espanto por ver uma flor a andar - é uma questão de gosto.

Já os comentários de carácter exibicionista ou de teor sexual e em tom intimidatório dirigidos a um homem ou a uma mulher, rapaz ou rapariga, todos sabemos quais são - e são estes que passaram a estar, e muito bem, sob alçada da lei. Habituem-se.”

Ou seja, a jornaleira Ana Paula Azevedo faz a distinção entre piropo (que ela considera com sendo “um elogio dos atributos físicos de alguém”), por um lado, e “comentários de teor sexual”, por outro lado — o que significa que, para ela, “um elogio dos atributos físicos de alguém” não é “um comentário de teor sexual”.

Por aqui se vê o nível de quem escreve nos me®dia e da elite política lisboeta que comanda os nossos destinos.

Se eu disser: “Tens um corpinho de sereia”, estou a fazer “um elogio dos atributos físicos de alguém”. Mas, segundo a jornaleira, não se trata de “um comentário de teor sexual”. Ela consegue a proeza de separar os elogios aos atributos físicos de alguém, por um lado, dos comentários de teor sexual, por outro lado. É obra desenganada!

Thomas B. Macaulay escreveu o seguinte no século XIX (em relação a puritanismo dos Quakers) : “os puritanos detestavam os combates de ursos, não porque esses jogos causassem sofrimento aos ursos, mas porque davam prazer aos espectadores”.

O politicamente correcto é uma nova forma de puritanismo. O piropo é proibido não porque uma mulher madura sofra com ele, mas porque dá prazer aos reles trabalhadores das classes baixas. Este puritanismo hipócrita e politicamente correcto estende-se ao feminismo: é proibido o piropo, mas pode-se abortar à fartazana a expensas do Estado.

Obama chora pela violência das armas (desde que não sejam as armas do Islão)

 

obama-crocodilo

“A high culture may survive the religion that gave rise to it. But it cannot survive the triumph of fantasy, cynicism and sentimentality. Sentimentality, like fantasy, is at war with reality.”

→ Roger Scruton

05/01/16

O politicamente correcto dissolve as categorias da realidade humana

 

Temos aqui um artigo que vale a pena ler (em inglês).

Não sei até que ponto sou compreendido quando tenho dito aqui várias vezes que “o politicamente correcto dissolve as categorias”, através de um nominalismo radical que rejeita o universal.

categoriaPor exemplo, “ser humano” é um conceito universal que contém em si mesmo sub-categorias que, para além de cada indivíduo, se compõem também pelos dois sexos (homem e mulher). Mas o nominalismo radical (politicamente correcto) rejeita o conceito universal de “ser humano”, e transforma cada sub-categoria de “ser humano” em um conceito universal separado das outras sub-categorias de “ser humano”.

Esta destruição do conceito universal de “ser humano” é feita pelo politicamente correcto através do Direito Positivo já totalmente separado do Direito Natural (jusnaturalismo). E na medida em que dissolve as categorias da realidade conhecida, o politicamente correcto é anticientífico.

Não é possível separar a ciência, por um lado, da Natureza, por outro lado. Podemos criar teorias, mas temos sempre que voltar à Natureza para as legitimar; é esta a diferença entre “racionalismo” e “racionalidade”. O racionalismo (no sentido do ponto 2) não necessita da Natureza; a razão não pode viver sem ela.

O nominalismo radical tem a característica de ver no indivíduo (enquanto unidade e identidade) uma categoria universal, separado dos outros indivíduos; neste sentido, para o politicamente correcto, deixou em termos práticos de existir a categoria universal de “ser humano” que engloba todos os seres humanos, e passou a existir a categoria universal de “indivíduo” da qual se extrapola a “humanidade”.

E por isso já não faz sentido falar hoje em “direitos humanos”, mas antes faz sentido falar em “direitos do indivíduo” enquanto tal.

A erradicação (através do Direito Positivo) da categoria universal e natural de “ser humano” faz com que o indivíduo isolado encarne em si mesmo toda a humanidade — o que é uma inversão da noção de “categoria”, porque é o todo que dá significação às partes isoladas, e não são as partes isoladas que dão sinificação ao todo.

Os totalitarismos do século XX foram a demonstração inequívoca do que acontece quando o Direito Positivo se desliga do Direito Natural. Mas persistimos no mesmo erro de Hitler e de Estaline. Não aprendemos com a experiência.

Quando o Direito Positivo desliga o ser humano, por um lado, da Natureza, por outro lado, abre caminho às arbitrariedades das elites políticas (que manipulam o conceito de "Vontade Geral") e ao totalitarismo. Um Direito Positivo que adequa sistematicamente a norma ao facto é um Direito que nega as categorias da realidade humana. Um Direito Positivo desprovido de fundamentos metajurídicos (escorados no Direito Natural) é campo aberto para a tirania. Estamos a caminho de uma nova tirania; isto não pode acabar bem.

A epigenética e a adopção de crianças por pares de invertidos

 

Se adopção de crianças é hoje concebida em termos exclusivamente utilitaristas e behaviouristas — o que é verdade! —, então segue-se que a epigenética (a ciência) irá certamente aconselhar que não seja permitida a adopção por pares de homossexuais.

“Um dos primeiros cientistas a sugerir que os hábitos de vida e o ambiente social em que uma pessoa está inserida poderiam modular o funcionamento de seus genes foi Moshe Szyf, professor de Farmacologia e Terapêutica da Universidade McGill, no Canadá.

Szyf também foi pioneiro ao afirmar que essa programação do genoma – que ocorre por meio de processos bioquímicos baptizados de mecanismos epigenéticos – seria um processo fisiológico, uma espécie de resposta adaptativa ao ambiente que começa ainda na vida uterina”.

Pioneiro da epigenética fala sobre relação entre ambiente e genoma

Obviamente que a ciência não determina a ética; mas não pode deixar de ser tida em consideração pelos eticistas. Ignorar a ciência é loucura.

Não é loucura: é ignorância induzida!

 

Por vezes dou razão aos que criticam a democracia, porque a democracia pretende dar legitimidade à ignorância, por um lado, e por outro lado consegue fazer da ignorância uma manifestação de sabedoria. Dou como exemplo uma publicação no Twitter:

islamo-lgbt

¿Como é possível compatibilizar o Islão, por um lado, e por outro lado o movimento LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros]?

Alguém poderá pensar: “trata-se de uma manifestação isolada”. Não é! Aquele burro que publicou aquilo pode ser ignorante, mas a sua ignorância é induzida pelas elites da Esquerda. Aquela burrice não saiu dele por acaso: foi programada, como se pode ver (também) aqui.

Uma pessoa (ou um movimento político) pode ser radical se tiver, no seu ideário, alguma razão (“radical” vem de “raiz”: o retorno à raiz das situações e dos problemas). O que não se admite é que se seja radical sem razão.

A radicalização estupidificada do discurso de esquerda deixa pouco espaço de manobra à sociedade em geral. A radicalização absurda da Esquerda não tem outro remédio senão a exigência da radicalização em sentido contrário — o que significa, literalmente, colocar em causa a democracia.


desfazendo-o genero

04/01/16

A Elisabete Rodrigues e o mimetismo cultural do assassinato doméstico

 

¿Já reparou, o leitor, que raramente aparecem nos me®dia estatísticas sobre suicídios? ¿E por quê? Uma das razões — se não a principal — é a de que publicação de estatísticas de suicídios induz a um comportamento mimético (mimetismo cultural). Quanto mais se noticiam suicídios, mais suicídios ocorrem.

As últimas estatísticas publicadas em Espanha sobre o suicídio revelam que, em 2013, suicidaram-se 3.870 pessoas, e destas, 2.911 homens e 959 mulheres. Falamos de mais de mais de 10 mortes por dia, sem que saibamos ao certo as causas.

E notem que o número de homens que se suicida é muitíssimo superior ao de mulheres; e a estatísticas espanholas dizem também que a percentagem de homens que se suicidam em função do divórcio, cuja legislação beneficia as mulheres, é relativamente grande: muitas vezes, o divórcio tira-lhes a casa, os filhos, o salário, e a dignidade com falsas acusações que os estigmatizam para toda a vida.

¿Por que razão a estatística dos assassínios de mulheres perpetrados pelos respectivos maridos não é alvo de um tratamento noticioso mais cuidadoso?

A única ideia que me ocorre é a de que o que se pretende é que o fenómeno cultural mimético da violência doméstica mortífera prolifere na cultura antropológica — porque, não há razão para que se tenha cuidado com os números do suicídio, e não se tenha a mesma preocupação com os números dos assassinatos domésticos.

Perante isto, a Elisabete Rodrigues tinha que vir à tona falar das 35 mulheres que foram assassinadas em Portugal, em 2014, pelos respectivos companheiros. Este discurso nos me®dia é recorrente; os me®dia não se preocupam com o mimetismo cultural: querem é vender jornais, nem que seja à custa de mais mortes. Ademais, a política correcta não se preocupa com as causas do fenómeno; e ao quererem transformar a mulher em vítima endémica, nada mais fazem do que piorar o estatuto da mulher na cultura antropológica.